O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo, dia 03, após saudar manifestantes que participaram da carreata em apoio ao governo em Brasília, que não vai mais aceitar interferência no Poder Executivo e que nomeará o novo diretor-geral da Polícia Federal nesta segunda, dia 4.
“Queremos a independência verdadeira dos Três Poderes. Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência”, disse Bolsonaro na rampa do Palácio do Planalto.
O tema levantou polêmica na última quarta-feira (29), após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) suspender a nomeação do delegado Alexandre Ramagem, feita por Bolsonaro. Na mesma data, o presidente afirmou que mantinha a intenção de colocar Ramagem no cargo de diretor-geral da corporação.
“Chegamos no limite, não tem mais conversa. Não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, e ela será cumprida a qualquer preço. E ela tem dupla mão. Amanhã nomearemos o novo diretor da PF”, disse Bolsonaro, que estava sem máscara, mas manteve distância dos apoiadores.
O presidente falou que a manifestação espontânea reforça que “o povo quer realmente estar ao lado da verdade. O povo está conosco. As Forças Armadas também estão do nosso lado. E Deus acima de tudo”, afirmou.
Presidente culpa governadores pelo desemprego
Durante o ato, Bolsonaro voltou a culpar governadores pela crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus. “O Brasil como um todo reclama volta ao trabalho. Essa destruição de empregos irresponsável por parte de alguns governadores é inadmissível… “O preço vai ser muito alto na frente: fome, desemprego, miséria… Isso não é bom”, continuou.
O presidente fez alertas sobre a covid-19, mas ressaltou que o efeito colateral de combate à pandemia não pode ser pior que os efeitos do vírus. “Infelizmente, muitos serão infectados, infelizmente, muitos perderão suas vidas também. Mas é uma realidade que temos que enfrentar”, disse o presidente.
O presidente desceu a rampa duas vezes e se aproximou da grade para cumprimentar a multidão de apoiadores, a maior parte deles sem máscara e aos gritos de “mito”. A equipe que acompanhava Bolsonaro e seus filhos Laura e Eduardo também não usavam máscaras.
Também integravam o grupo que acompanhava o presidente os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Hélio Lopes (PSL-RJ) e Caroline de Toni (PSL-SC). “Estamos mudando esse Brasil de verdade”, afirmou Lopes. “Estamos aqui para que você cidadão exerça seu direito de voltar a trabalhar.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: R7
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