O dente do siso é o último a nascer e costuma despontar entre os 17 e 21 anos, podendo causar dores, desconfortos, inchaço, infecção da gengiva, dificuldade de higienização, e o consequente aparecimento de cáries, além do desalinhamento dos demais. Envolto em dúvidas, se é realmente necessário e como extraí-lo, o dentista Dr. Paulo Zahr responde seis questões sobre o tema:
A extração é sempre necessária?
Não, apesar de recomendada, a extração nem sempre é necessária, visto que algumas pessoas apresentam arcadas dentárias que possibilitam seu nascimento sem prejudicar o alinhamento dos dentes. No entanto, a visita ao dentista é importante para identificar, por meio de raio-x, se será possível que os sisos despontem de forma segura.
Todo mundo tem quatro sisos?
Não, apesar da maioria das pessoas terem quatro sisos, há quem não tenha nenhum, além de existirem casos de pacientes que têm apenas um, dois ou três.
Como acontece a extração?
A extração é realizada por meio de uma cirurgia de pequeno porte com anestesia local. Na maioria dos casos é um procedimento simples e seguro, mas dependendo da região onde o dente está localizado, como no interior do tecido ósseo, a cirurgia pode se tornar mais complexa.
De que forma o dente do siso prejudica a estética dos outros?
Como os sisos são os últimos dentes a nascer, eles vão empurrar os demais caso não haja espaço suficiente, causando o desalinhamento e comprometendo a estética do sorriso. É importante lembrar, entretanto, que cada caso é único e deve ser analisado junto a um profissional.
É possível extrair todos de uma vez?
Sim, inclusive é a melhor opção. Isso acontece porque o pós-operatório demanda alguns cuidados e repouso, ou seja, é melhor passar por isso apenas uma vez.
Quais são os cuidados no pós-operatório?
O indicado é que o paciente fique em repouso de três a quatro dias para aliviar inchaços e sangramentos. Deve-se evitar alimentos muito quentes e duros. Optar por opções geladas, líquidas e pastosas como sorvete, que além de ser de fácil ingestão, cria a sensação de anestesia no local, diminuindo a dor. Não falar muito e dormir com o travesseiro inclinado. Seguir a medicação receitada pelo dentista e fazer compressas frias nas primeiras 48 horas. Para garantir uma recuperação segura e sem complicações, é importante seguir à risca as recomendações médicas após a cirurgia.
Sobre o autor
Dr. Paulo Zahr é Cirurgião-Dentista em São Paulo, SP – Brasil. Possui graduação em odontologia pela UNOESTE – Universidade do Oeste Paulista, 1989. Atua como clínico geral.
Também é CEO e fundador da OdontoCompany, uma rede de clínicas odontológicas com mais de 1.000 unidades espalhadas em todos os estados brasileiros, exceto Acre. É reconhecida pelo pioneirismo em implantar técnicas de ortodontia, dentística, estética, endodontia, implantodontia e outros procedimentos que utilizam a mais alta tecnologia. Mais informações: odontocompany.com
Matéria: Liliane Pires/ Markable