Cresceu no País o número de acidentes envolvendo energia elétrica. Em 2018, o total foi de 891 contra 863 registrados no ano anterior. O número de episódios com mortes também cresceu, indo de 252 para 271 no mesmo período.
Os dados foram apresentado pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), em entrevista coletiva nesta segunda-feira (5), em Brasília.
Na evolução histórica, o aumento dos casos vem ocorrendo desde 2016, após anos de queda dos números anuais. Em 2007, ocorreram 942 incidentes desse tipo. O número foi caindo até chegar a 772 em 2016, quando voltou a subir, atingindo os 891 de 2018.
No caso dos acidentes com morte, o movimento foi semelhante, mas com variação menor. Chegou a 327 em 2007, descendo para 240 em 2016 e voltando a subir até os 271 acidentes em 2018.
O setor com mais casos foi o da construção civil, como contato ou rompimento de cabos no uso de caçambas e guindastes. Na realização de obras diversas, os incidentes envolvendo postes e a fiação elétrica subiram de 64 para 89 entre 2014 e 2018. Segundo a Abradee, esse fenômeno está relacionado à ampliação de obras menores.
“Antes tinha empresas mais estruturadas, com áreas de segurança no trabalho. Hoje temos visto uma ampliação nas obras, muitas vezes, com execução de pessoas sem o devido treinamento e sem supervisão”, disse o presidente da entidade, Marcos Aurélio Madureira.
Diferentemente dos incidentes em atividades relacionados à construção civil, em outros tipos de prática, houve redução entre 2014 e 2018. Nesse grupo estão ocorrências com cabos energizados no solo (queda de 53 para 20 episódios), com ligações elétricas clandestinas (24 para 12), podas de árvore (13 para 11).
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