O presidente da República Jair Bolsonaro está articulando um plano de colocar apoiadores militares na diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com o intuito de controlar a aprovação de vacinas contra o coronavírus.
No dia 12 de novembro, o presidente indicou o tenente-coronel reformado do Exército, Jorge Luiz Kormann, para assumir uma das cinco diretorias da Anvisa. Ele não tem experiência em saúde ou com o desenvolvimento de vacinas, mas será um dos responsáveis por autorizar ou não os imunizantes. Caso o Senado confirme a sua posição, três dos cinco diretores da Anvisa serão apoiadores de Bolsonaro.
Essa possibilidade preocupa especialistas da saúde, pois, desta forma, o órgão regulador agirá a partir de ideais políticos e não em prol da saúde coletiva dos brasileiros. De acordo com o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde, “a Anvisa, hoje, está sendo aparelhada por diretores aliados com a postura negacionista e irresponsável do ponto de vista sanitário do Bolsonaro”.
Metro1