A atividade física pode tanto tornar mais forte a perda involuntária de xixi, como pode ajudar a evitar esse desconforto. O exercício e o aparelho urinário vivem uma relação de parceria e de briga. Se as atividades forem feitas de maneira planejada, a relação será tranquila e sem sustos. Mas, se essas atividades sobrecarregam a região da bexiga, pode resultar em uma incontinência urinária de esforço – escapes de urina surgem quando a pessoa tosse, espirra ou carrega algum peso. Uma situação bem indesejada.
Toda perda involuntária de urina é definida como incontinência urinária. Sendo mais comum entre as mulheres, em geral, decorrente de partos e gestações que lesaram os músculos; ou de alguma prática esportiva. Algumas até desistem dos exercícios para evitar o constrangimento. O assoalho pélvico é formado por um grupo de músculos de controle voluntário, localizados na parte inferior da bacia (entre as coxas) e com a função de sustentar os órgãos internos.
A musculatura pode ser exercitada. Entretanto, em casos exagerados com esforço excessivo, pode se tornar mais flácida e enfraquecer; problema que não tem reversão e afeta outros órgãos, como por exemplo, a bexiga. “Em excesso, a atividade física lesiona o assoalho pélvico, e a rede de músculos que sustenta a bexiga”, explica Guilherme Reis, Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness.
A doença pode ser percebida em diversos momentos, seja de muito esforço ou de uma simples atividades, como rir e tossir, o que acaba afastando a pessoa de atividades cotidianas, vida sexual e reduzindo a qualidade de vida. É preciso ter ciência também que o problema tem tratamentos diferentes.
Uma abordagem individualizada e interdisciplinar entre a medicina, fisioterapia e educação física, terá diversas maneiras para tratar, com frentes comportamentais, como por exemplo, perda de peso, treinos para a bexiga, exercícios para fortalecer a musculatura pélvica; medicamentosas e, em casos mais graves, cirurgia.
“Depois de um período de recuperação, é recomendado retornar para a academia. Os treinos têm número de séries, repetições e evolução progressiva, como na musculação convencional”, acrescenta Guilherme.
Matéria: Christiane Midlej/ Pipa Comunicação Integrada