O Brasil é o país com o maior índice de rotatividade no mercado de trabalho, segundo levantamento realizado pela empresa Robert Half, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 2023. O aumento de 56% no turnover e o crescimento no número de desligamentos voluntários (33% para 48%) chamam atenção para a necessidade de medidas que fomentem a retenção de talentos.
A retenção de talentos é uma das prioridades estratégicas no mundo corporativo. A rotatividade de funcionários, quando elevada, resulta em custos adicionais, perda de conhecimento institucional, instabilidade e um ambiente de trabalho pouco atrativo, o que impacta negativamente nos resultados. De acordo com a gestora de carreira, Andrea Deis, uma das maneiras de incentivo é por meio da oferta de oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional.
As empresas devem oferecer aos seus funcionários oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional, como treinamentos, cursos, workshops e programas de mentoria. Isso ajuda os colaboradores a se sentirem valorizados e estimulados a continuar aprendendo e se desenvolvendo. Além disso, segundo a especialista, autonomia, propósito e domínio desempenham um papel-chave na motivação.
Ela diz que o reconhecimento profissional é importante em qualquer setor, seja qual for o nível. É preciso que os colaboradores sintam que seu trabalho é valorizado e que suas contribuições são significativas para a empresa.
As empresas devem reconhecer o trabalho de seus funcionários de forma regular e significativa. Isso pode ser feito por meio de elogios, prêmios, promoções e outros tipos de reconhecimento. O reconhecimento profissional ajuda a motivar os colaboradores e a melhorar seu engajamento.
Por fim, sistemas de feedback abertos ajudam a compreender os problemas que os funcionários enfrentam em tempo real — lideranças podem averiguar o que é possível mudar para melhorar o ambiente do trabalho e torná-lo mais agradável para os colaboradores. As empresas devem criar uma cultura de feedback aberta, onde os colaboradores se sintam confortáveis em compartilhar suas opiniões e feedbacks. O feedback aberto ajuda a melhorar a comunicação, a colaboração e o desempenho dos funcionários.
A especialista enfatiza que empresas que investem em pessoas e estabelecem ambientes de trabalho que promovam o crescimento ganham duplamente ao preservar o conhecimento adquirido da equipe (bem subjetivo, mas que faz a diferença no dia a dia) e ao não ter de investir em processos seletivos com grande frequência. “Priorizar a retenção de talentos, mesmo com um orçamento limitado, é essencial para os que desejam manter os melhores profissionais em um mercado altamente competitivo”, finaliza.
Sobre Andrea Deis:
Doutoranda e Mestra em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Gestora Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Especialista em Neurociências pela UNIFESP, Master Coach com mais de 18 mil horas de atendimento. Possui certificação na área pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) e International Coaching Council (ICC), é especialista em Assessment Training DISC, NeuroCoaching e PNL (Programação NeuroLinquística; Pedagoga com foco em Orientação Educacional e Vocacional, palestrante e escritora. Atualmente, dedica-se ao desenvolvimento de empresas e pessoas, no que diz respeito ao planejamento e acompanhamento estratégico, tático e operacional para o desenvolvimento de organizações, times e indivíduos. Autora do livro “Vivências de Coaching”(2019) e Coautora do livro “Quais de mim você procura?-Educação”(2017) Mulheres na Educação” Premiada em 2019 no Congresso SemeAd: 1o lugar na Categoria. Semead2019, Renovação na gestão, artigo aplicado -FEAUSP. Premiação Fast Track 2020, Emprad-USP
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