O presidente Jair Bolsonaro voltou a pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao julgamento que analisa a validade do marco temporal para a demarcação de terras indígenas, nesta quarta-feira, dia 15. O mandatário argumentou que caso o Supremo decida pela mudança na tese, o país sofrerá “um duro golpe no agronegócio”.
Pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse ou sob disputa judicial no dia 5 de outubro de 1988, quando a Constituição Federal foi promulgada. As afirmações de Bolsonaro foram feitas durante o anúncio das novas regras do programa de habitação “Casa verde e amarela”.
Um dos argumentos apresentados pelo presidente da República e contrários às mudanças no marco temporal é de que “se o país tiver que demarcar mais reservas indígenas, o preço de alimento vai disparar”. Ele também citou a possibilidade de desabastecimento no Brasil e no mundo, ao citar que de cada cinco pratos de comida no planeta, o Brasil é responsável pela produção de um. Durante o discurso, Bolsonaro ainda falou sobre o desejo do governo de que os “irmãos indígenas passem a ser pessoas exatamente iguais a nós”.
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