Após o deputado estadual Adalberto Barreto (Dal), da cidade de Amargosa, declarar seu interesse em sair do PCdoB, circulou na imprensa baiana o comentário que ele teria usado a sigla para se eleger, no entanto, Dal nega essa informação e reitera que sua vitória foi independente do partido. “Eu não sei porque esse comentário do PCdoB de Santo Antônio de Jesus. Eu não usei a legenda para me eleger porque todos os outros partidos também me procuraram para que eu me filiasse no período da campanha e qualquer partido que eu tivesse integrado com a votação que eu tive teria me elegido, não teria tido problema em nenhum partido porque fui o 11º deputado mais votado da Bahia”, disse.
De acordo com ele, nenhum candidato a deputado estadual que teve acima de 70 mil votos deixou de se eleger por falta de coligação ou de coeficiente partidário. Ele ainda salienta que o motivo da sua possível saída é devido a divergências de ideias com o partido. “Quanto ao PCdoB continuo achando um partido sério, tudo o que eu disse durante a campanha é o que eu penso, mas não estou conseguindo ter um entendimento de forma correta com os dirigentes do PCdoB da Bahia, a gente tem divergido em algumas situações e acho que isso é normal e natural em qualquer processo democrático, e por conta disso não me sinto a vontade para continuar”, frisou.
Dal esclarece que por ser empresário não o impossibilita de lutar pelos direitos dos trabalhadores e nem de fazer parte de um partido sindicalista. Ele ressalta o respeito que tem pelos funcionários de suas empresas. “Respeito os sindicalistas, não tenho nada contra, essa pessoa que fez esse comentário pode observar que as minhas empresas não tem de fato questões trabalhistas tramitando na esfera judicial, graças a Deus sempre respeitei muito meus funcionários, meus parceiros de trabalho, tenho uma relação muito boa e sei o quanto é importante assegurar os direitos desses amigos e desses companheiros que trabalham com a gente nas empresas”, comentou.
Diante de diversos comentários a respeito de sua saída do partido, o deputado garante que não é por falta de combinação com o PCdoB e sim por pensamentos diferentes. Para ele, a melhor forma quando não há entendimento entre duas partes é cada um seguir o seu caminho e fazer sua trajetória. “Não tenho nada contra o PCdoB, mas nesse momento eu entendo que não é o melhor caminho para eu trilhar porque acho que abri um espaço maior dentro do governo para que eu possa atender melhor as pessoas, as comunidades e botar em prática tudo que eu tenho vontade de fazer pelo Recôncavo, Baixo Sul, Vale do Jiquiriçá e por toda a Bahia. Mas, estamos avaliando essa saída, se eu sair não vai ser pela porta do fundo, tenho conversado com deputados e dirigentes do PCdoB explicando o porquê da minha saída”, concluiu.
Editado por Tribuna do Recôncavo | Fonte: Blog do Valente