Por Valine Alencar – tricologista
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial é intolerante ao glúten. Esta relação é devido ao fato do glúten causar uma inflamação crônica na parede intestinal, provocando alteração da permeabilidade e, assim, prejudicando toda a absorção, trazendo danos a outros tecidos do corpo.
Mesmo com uma alimentação saudável, caso não haja absorção adequada no intestino, o nutriente não chega às células, forçando uma priorização metabólica. A queda dos cabelos também é um sinal da intolerância ao glúten. Há estudos que associam dois tipos de queda de cabelo com maior frequência em pacientes celíacos do que no restante da população.
“Na queda do cabelo de forma difusa, os fios caem de toda parte da cabeça, porém em pontos distintos. Esse tipo de queda ocorre devido à dificuldade de absorção de diversos nutrientes no intestino, que são importantes para o crescimento dos fios”, explica a tricologista funcional, Valine Alencar.
Quanto às placas de alopecias no couro cabeludo, essa alteração é devido à inflamação da parede do intestino, o que aumenta a penetração de substâncias tóxicas e alérgicas. O sistema de defesa é ativado e inicia a produção de anticorpos que atacam estruturas saudáveis, neste caso o folículo piloso, causando a alopecia areata.
“Muitas pessoas buscam, apenas, suplementação para a queda capilar, mas ela está associada também à doença celíaca. É preciso estar atento aos sintomas, mesmo que leves, e procurar atendimento. O diagnóstico e as orientações não são tão simples e devem ser acompanhados corretamente”, explica a tricologista Valine.
Sobre a autora
Valine Alencar é tricologista funcional e membro da Academia Brasileira de Tricologia (ABT). Ela tem mais de dez anos de experiência com tratamentos capilares.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: Chris Xavier/ Comuniquese1