Após a vitória do longa Parasita, como ‘Melhor Filme’, no Oscar 2020, ficou claro para a Academia de Cinema de Hollywood a necessidade de mais inclusão na premiação. Na última terça, a Academia anunciou a criação de novas e rigorosas normas para incentivar a diversidade entre os indicados ao Oscar de Melhor Filme, a principal categoria da noite.
A partir de 2024, todos os longas-metragem que pretendem ganhar o prêmio mais cobiçado da indústria cinematográfica precisarão ter um número mínimo de funcionários na divulgação, nas equipes de produção e administrativa de minorias étnicas pouco representadas, ou abordar diretamente temas que afetem estas comunidades.
“Acreditamos que estas normas de inclusão serão um catalizador para uma mudança duradoura e essencial em nossa indústria”, ressaltaram o presidente da Academia, David Rubin, e a diretora-geral da instituição, Dawn Hudson, em comunicado.
Os outros dois critérios imprescindíveis são: que o protagonista do filme seja de um grupo sub-representado, ou que 30% dos papéis secundários sejam distribuídos entre minorias, ou que se abordem os problemas que rodeiam estas comunidades como tema principal da obra; Que as figuras principais nos bastidores façam parte de grupos historicamente desfavorecidos, entre os quais também estão incluídas as mulheres, as comunidades LGBTQ e pessoas com deficiências.
A Academia pede ainda que haja oferta de estágios e capacitação para grupos sub-representados, e diversidade nas equipes de comercialização e distribuição. As novas normas são baseadas nas que foram implementadas pelos prêmios BAFTA do Reino Unido.
Bahia.Ba