O penúltimo dia de Carnaval do Pelô, nesta última segunda-feira, dia 24, já começou a deixar um clima de saudade nos corações dos foliões. Mesmo assim, o que não faltou foi animação. Percussão, jazz, samba, rap e arrocha entraram neste caldeirão musical.
A espiritualidade e música de matrizes africanas abriu a programação no palco principal. ‘Saudação às Matriarcas’ teve como proposta fundir ritmos ancestrais das nações Ketu, Gêge e Angola, como Ilú, Ijexá, Alujá, Kabila, com o jazz. O projeto reuniu o grupo PRADARRUM, capitaneado pelo percussionista Gabi Guedes, o griô senegalês Doudou Rose e a cantora brasiliense Nãnan. O show prestou homenagens a Iyalorixás e Alabês que lutaram pela manutenção das suas comunidades, história e espiritualidade.
“Essa é a nossa maneira de homenagear as nossas matriarcas que nos deixaram um legado, uma cartilha que devemos seguir para preservarmos a nossa cultura e a nossa ancestralidade”, disse Gabi Guedes, ao abrir o show com a canção-tema intitulada ‘Senhora Mãe’, uma homenagem à Mãe Menininha do Gantois, a mais famosa mãe-de-santo da Bahia.
Em seguida, o samba agitou a noite, com o projeto ‘Eu Sambo Mesmo’, de Simone Mota, Mazzo Guimarães e Luciano Salvador Bahia. Foram entoados sucessos inesquecíveis como ‘Não Deixe o Samba Morrer’, ‘Brasil Pandeiro’, ‘Coração Leviano’ e ‘Com que roupa?’. O resultado foi um grande e belíssimo coral cantando em alta voz cada uma destas letras imortais, que fazem sucesso até hoje e revisitam a história do samba brasileiro. Adaptados para o ritmo, sucessos da MPB também fizeram parte do repertório, que contou com obras de Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, João Bosco, dentre outros.
A noite terminou ao som do arrocha com a banda Pra Casar, que trouxe sucessos de diversos artistas do gênero.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Fonte: Ascom/Secult