Após a publicação do relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), em novembro de 2018, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) montou um grupo de análise para tratar da situação das barragens do estado da Bahia.
Uma das contenções que chama a atenção do MP é a de Pedra do Cavalo, que fica no município de Cachoeira, no Recôncavo baiano, onde uma usina de energia gerenciada pela Votorantim funciona sem licença de operação desde 2009. A barragem é responsável por represar o Rio Paraguaçu, o que é questionado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) devido às consequências causadas ao ecossistema fluvial.
Um funcionário do ICMBio que não quis ser identificado afirmou que, apesar da barragem não ter sido construída na área da Reserva Extrativista Marinha Baía do Iguape, de responsabilidade do instituto, a represa prejudica a pesca e a mariscagem que é explorada na reserva.
Ainda de acordo com o profissional, a mudança constante na vazão da água devido às turbinas da hidrelétrica interfere na salinidade do rio. “A descontinuidade do fluxo de água gera picos de salinidade ou docilidade da água causando problemas na reprodução das espécies e desaparecimento delas durante longos períodos”, afirmou. (Metro1)