Um pedaço de rocha que foi usado pelos portugueses para determinar os limites de Salvador, primeira capital do país, é único marco original da fundação da cidade que ainda resta. Mantido em segredo até os dias atuais, o marco está guardado em uma sala do prédio onde vai funcionar o museu da igreja católica na capital baiana, que completou 470 anos de fundação na sexta-feira (29).
Conforme os historiadores, após desembarcar em terras brasileiras em 1549, provavelmente no local onde hoje é o Porto da Barra, o português Thomé de Sousa, passou a espalhar marcos de pedra por toda a região para determinar os limites da cidade.
Na área onde hoje está o Porto da Barra, tem uma réplica de um dos marcos de fundação, inaugurado em 29 de março de 1952. No entanto, dos marcos originais, somente um foi localizado e existe até os dias atuais. O marco foi encontrado em uma fazenda na região do município de Candeias, região metropolitana de Salvador, no ano de 2006.
O jornalista brasileiro Flávio Novaes, que hoje mora em Portugal, estava fazendo uma reportagem no local quando foi procurado por um morador da cidade que disse ter encontrado a pedra. “Ele estava fazendo uma limpeza no terreno com um empregado, ou um vizinho, não sei exatamente agora, e um deles bateu a enxada em uma pedra diferente e, quando ergueram, era essa pedra”, disse o jornalista.
A pedra foi levada para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Documentos da época ajudaram a comprovar a veracidade do marco. Além disso, a pedra é de lioz, calcário muito usado pelos portugueses no Brasil, e tem uma inscrição típica do período colonial.
“Nesse pedaço de rocha, de pedra lioz, estava marcado ‘Torre do Tombo’, em sua superfície, que é o arquivo real de Portugal onde estão inscritos lá os bens pertencentes a Portugal”, afirmou o representante do Ipha.
Os historiadores também acharam explicações para o fato de o marco ter sido encontrado em candeias, local relativamente distante de Salvador. Jayme Nascimento explica que a Salvador original, delimitada pelos portugueses, era bem pequena.
“Vai do que é hoje a Praça Castro Alves até o que é a Praça Municipal. Desde pela Rua Ruy Barbosa, que na época era Rua Direita dos Capitães, faz o contorno pelo que é parte da ladeira da praça, sobe até a Praça Municipal e retorna pelo que é a Rua Chile”, explica.
Só que o rei de Portugal deixou expresso em um documento de 1548 que Thomé de Sousa percorrer uma área de seis léguas além da costa — cerca de 36 quilômetros, de acordo com os valores da época. Ou seja, ele deveria ir, por ordens da coroa, mais ou menos até a região onde o marco foi encontrado.
“Esta área é que pertence à cidade de Salvador e, dentro dessa área que Thome de Souza veio escolher o terreno mais propício para construir a cidade”, afirma Nascimento.
Os marcos usados por ele para delimitar a cidade foram se perdendo com o tempo e só restou o que hoje está guardado em Salvador.
“Salvador é um patrimônio dos brasileiros, um patrimônio da humanidade reconhecido pela Unesco e, de certa forma, é importante um bem desse tipo ser encontrado porque possibilita a ampliação do diálogo sobre Salvador e sobre a história de Salvador. E as pessoas passam a valorizar mais, conhecendo essa história”, afirma o representante do Iphan.


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