Em 13 de março de 2013, o arcebispo Jorge Mario Bergoglio se tornava Francisco, o Papa. Esta segunda-feira, dia 13, marcou os 10 anos de sua eleição para líder da Igreja Católica. Sucessor da abdicação inesperada de Bento XVI, seu pontificado tem sido de menor conservadorismo e maior aproximação aos fiéis. Aos 86 anos, Francisco superou os “dois ou três anos” que imaginou para seu papado, julgado inicialmente como de transição para um outro pontífice. O argentino, primeiro latino-americano a ser Papa, é considerado uma figura simples e de apelo popular, enquanto enfrenta certa oposição da ala conservadora da igreja.
Neste mês, em entrevista ao podcast Vatican News, Francisco disse que renunciaria caso graves problema de saúde o impedissem de administrar suas funções junto aos fieis. No entanto, pontuou também que os papas devem tentar manter sua atividade por toda a vida e que o título de Papa Emérito – adotado quando um papa decide abdicar, como foi o caso de Bento XVI – não poderia ser tornar “uma moda”. Durante sua primeira década de pontificado, tem feito pregações críticas ao modelo social e econômico pautado pelo neoliberalismo, com constantes reivindicações por maior justiça social, proteção da natureza e defesa dos migrantes.
Em janeiro, em uma entrevista à agência de notícias Associated Press, declarou que as leis que criminalizam a homossexualidade eram “injustas” e que “ser homossexual não é crime, mas pecado”. A fala gerou polêmica e o fez voltar atrás em nota, sublinhando que “toda criminalização não é boa nem justa”. “Quando eu disse que é pecado, estava simplesmente me referindo ao ensinamento moral católico que diz que todo ato sexual fora do casamento é pecado”, se explicou.
Metro1