Desde o início da pandemia de Covid-19, o Brasil e o mundo têm enfrentado diversos desafios para conter a disseminação do vírus. As doenças cardiovasculares, que já figuravam como a principal causa de mortes no mundo, com mais de 17 milhões¹ de vítimas por ano, intensificaram ainda mais a complexidade deste cenário: os pacientes que sofrem destas doenças, como a Insuficiência Cardíaca (IC), estão no grupo de risco para a Covid-19.
A Insuficiência Cardíaca (IC) é a causa mais comum de hospitalização em pessoas com idade acima dos 65 anos2-4, sendo que, cerca de metade das que são hospitalizadas morrem em cinco anos2-4. A doença ocorre quando o coração não se contrai com força suficiente para bombear a quantidade necessária de sangue para o corpo5. De acordo com estudos, a condição provoca de duas a três vezes mais mortes que cânceres avançados, como o de intestino e de mama6.
No Brasil, a Insuficiência Cardíaca (IC) é a principal causa de rehospitalização, com alta probabilidade de mortalidade em cinco anos15. O cardiologista Luiz Carlos Santana Passos, Doutor em medicina PHD, explica que a cada visita ao hospital, o quadro do paciente pode se agravar.
“Um dos grandes problemas é que muitas vezes os sintomas da IC são confundidos com outras patologias. E o paciente só descobre a patologia quando tem o primeiro quadro de descompensação e acaba internando. Precisamos dar mais atenção, pois se trata de paciente complexos que requerem mais atenção, com uma letalidade elevada em 5 anos7”, comenta.
Estima-se que 23 milhões de pessoas são acometidas com a Insuficiência Cardíaca (IC) globalmente8, das quais 3 milhões só no Brasil9. A prevalência da condição vem aumentando consideravelmente nos últimos anos em todo o mundo10, tornando-se um grave problema de saúde pública11, inclusive no Brasil. Na Bahia, segundo o Passos, o cenário da insuficiência cardíaca na região exige atenção.
“A situação em nosso estado como a maioria faltam clínicas especializadas para lidar com a inércia terapêutica e o financiamento para incorporar novos fármacos e tecnologias disponíveis”, comenta.
A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença crônica, ainda sem cura, porém, tratável. Existem medicamentos que reduzem a morte por causa vascular em 20%, além de diminuir as hospitalizações provocadas pela doença em até 21%12. No caso de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), estes tratamentos já foram incorporados e estão disponíveis para serem dispensados gratuitamente à população na rede pública de saúde. Para o especialista, o acesso aos medicamentos que ajudam o paciente no controle da insuficiência cardíaca é de extrema importância.
“É uma ótima notícia saber que nossos pacientes do Bahia poderão ser tratados gratuitamente via SUS com medicamentos eficazes na diminuição de internações por IC12”, comemora.
O médico também faz um alerta:
“Antes de mais nada, os pacientes precisam ser diagnosticados corretamente. A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença com alto risco de morte13. Por isso, ao apresentar sintomas como falta de ar ou cansaço ao realizar tarefas cotidianas, como subir escada ou fazer caminhadas14, é importante que o paciente busque uma orientação médica com um cardiologista”, enfatiza Passos.
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Matéria: Gabriela Rossi/ @edelman