O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu o aumento do teto salarial do funcionalismo público para tentar reter os bons servidores. Segundo o chefe da equipe econômica de Jair Bolsonaro, a iniciativa pode valorizar a “meritocracia”.
Durante participação em debate virtual sobre a reforma administrativa, nesta quarta-feira (09), Guedes disse ser um “absurdo” os salários da “alta administração” do país, porque são “muito baixos”. Atualmente, a lei determina que nenhum salário do funcionalismo pode ser maior que R$ 39,2 mil, remuneração paga aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nós deveríamos ser mais meritocráticos nisso. A Presidência da República, o Supremo têm que receber muito mais do que recebem hoje, pela responsabilidade do cargo, pelo peso das atribuições, pelo mérito em si para poder chegar em uma posição dessas”, argumentou.
O ministro da Economia chegou a dizer que é baixa a diferença de salário entre quem acabou de ingressar no funcionalismo e aqueles que ocupam altos cargos. O modelo de pagamentos dos servidores, inclusive, é “quase socialista”.
“É uma distribuição quase socialista. A dispersão de salário entre um salário do Supremo e recém-egresso na carreira do Judiciário é ridiculamente baixa. NQão pode haver essa dispersão tão baixa. Isso é uma negação de toda meritocracia que existe ao longo dessa carreira”, acrescentou.
Redação: Metro1 | Informações: G1