Conhecida como protetora dos olhos, Santa Luzia foi comemorada neste domingo (13), com demontrações de fé, em Salvador. A igreja de devoção à santa italiana, localizada no bairro do Comércio, sediou missas durante todo o dia. A celebração integra o calendário de festas populares da Bahia que, mesmo durante a pandemia da Covid-19, são realizadas de modo especial, com acesso limitado do público, a fim de respeitar protocolos de biossegurança.
Além das missas, o público compareceu à Igreja de Nossa Senhora do Pilar e de Santa Luzia buscando a água da fonte localizada na lateral do templo e tem a fama de milagrosa. Com vasos na mão, fiéis buscavam a água, usada para banhar rosto e olhos na busca pelo restabelecendo da boa visão.
Durante uma das missas desta manhã, o padre Renato Minho, responsável pela comunidade, pediu ao secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco, presente no local, a inclusão da igreja no Projeto de Resgate dos Sinos. Idealizado por Franco, o projeto já contemplou sete igrejas com a requalificação do objeto litúrgico, dentre elas, as igrejas da Ajuda, de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de Santo Antônio da Barra, em Salvador e a de São João Batista, em Trancoso (Porto Seguro).
História
Perseguida pelo império romano por se declarar fé cristã, Santa Luzia jovem teria sido torturada por carrascos, que arrancaram seus olhos, morrendo após decaptação. O historiador e assessor especial da Secretaria de Turismo da Bahia, Rafael Dantas, explicou a tradição da festa na capital baiana.
O traçado imponente da Igreja de Nossa Senhora do Pilar e de Santa Luzia data do século XVIII, mesmo período da construção e ampliação de outras tantas igrejas baianas. Sua fachada segue o traçado rococó e os altares, neoclássico. Destaca-se ao lado, o cemitério também em estilo neoclássico, com um belo frontão triangular do final do XVIII.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: SETUR