O deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ), apresentou um projeto de lei para transferir a honraria de patrono da educação brasileira de Paulo Freire, que possui o título desde 2012, a São José de Anchieta, padre jesuíta canonizado pelo papa Francisco em 2014.
A proposta foi rejeitada pelo Santuário Nacional de São José de Anchieta, sendo que o texto ainda nem foi votado. No corpo, a nota afirma que, assim como Paulo Freire, Anchieta “também foi pedagogo do oprimido” quando optou por educar, defender e proteger os indígenas nativos “da ambição dos poderosos”, revela.
A nota oficial, assinada pelos padres Nilson Marostica e Bruno Franguelli, reitor e vice-reitor do santuário, respectivamente, atraiu centenas de comentários de fiéis, com críticas e demonstrações de apoio ao posicionamento. “Infeliz nota do santuário”, comentou um dos seguidores da página. “Manifesto em favor do bom senso”, manifestou-se outro.
O deputado, por sua vez, entendeu que os católicos que são favoráveis ao projeto ficaram indignados, “é uma falsa doutrina católica, criada para corromper o catolicismo por dentro. Comparar Paulo Freire, que é um embuste, um comunista, uma farsa da Educação, com Anchieta, é uma heresia. Esses padres são hereges”.
Paulo Freire, estudou nas principais universidades do mundo, como Harvard, Oxford, Stanford e Cambridge. Sua maior obra foi, “Pedagogia do oprimido”, que foi traduzida para mais de 20 idiomas e é a terceira mais citada em artigos acadêmicos na área de humanas no mundo, de acordo com levantamento do professor Elliott Green, da London School of Economics.
Fonte: O Globo | Redação: Bahia Noticias
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