O Banco Central elevou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano de 3,6% para 4,6%. Em consequência da nova estimativa, a autoridade monetária passa a trabalhar com uma expectativa de superávit das transações correntes – transferências financeiras do Brasil com outros países, incluindo importações de exportações – de US$ 3 bilhões. Os dados integram o Relatório de Inflação, avaliação elaborada pelo próprio BC e divulgada a cada trimestre.
Na última edição do relatório, o superáviti nas transações correntes projetado era de US$ 2 bilhões. “Em relação ao cenário anterior, as alterações incorporam preços de commodities mais altos, crescimento maior da atividade doméstica e internacional e taxa de câmbio mais baixa”, ressaltou o Banco Central, no documento Na balança comercial, mantém-se a projeção do saldo de US$ 70 bilhões, mais é esperada maior corrente de comércio (soma de compras e vendas externas). A previsão considera uma exportação recorde de US$ 280 bilhões -atribuída principalmente ao aumento dos preços, sobretudo minério de ferro, petróleo e soja.
Parte do aumento esperado nas importações – de US$ 186 bilhões para US$ 210 bilhões – reflete mudanças na série histórica divulgada pelo Ministério da Economia e a atividade doméstica mais forte. Nas contas de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos, entre outros), houve redução do déficit, de US$ 26 bilhões para US$ 19 bilhões. Na renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), houve aumento da projeção de despesas na conta de lucros e dividendos, ampliando o déficit de US$ 24 bilhões US$ 28 bilhões.
Agência Brasil