Em resposta ao retrato de descaso que se tornou o famoso bambuzal do aeroporto de Salvador, a Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman) deu início a diversas ações para recuperar e preservar a área, que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Uma equipe multidisciplinar composta por engenheiros agrônomos e ambientais, além de biólogos, começou o manejo físico e ambiental da plantação no último dia 10. De acordo com a Seman, o grupo vai trabalhar de forma intermitente. O prazo inicial é de 6 meses, mas pode levar mais de um ano.
A área que contempla os bambus possui 61 mil m² e o corredor que leva até o aeroporto, a Avenida Tenente Frederico Gustavo dos Santos, possui 1,5 km de extensão. Segundo a Seman, foram contabilizados em toda a área 50 mil hastes de diversas espécies de bambuzal.
Segundo o titular da Seman, Luciano Sandes o bambuzal faz parte da história da cidade e que conservá-lo integra as diretrizes municipais voltadas à preservação do legado natural da capital baiana. “A ideia é preservar as características físicas e ambientais e manter esse aspecto cênico da entrada do aeroporto que é um patrimônio cultural de Salvador”, reforçou o secretário.
Estima-se que o corredor icônico de bambus em Salvador tenha começado a ser plantado na década de 1920. Historiadores acreditam ainda que na década de 1940, em meio à Segunda Guerra Mundial, a área serviu como base para esconder aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) de ataques inimigos.
Fontes: Metrópole FM e Metro1