Artigo – Varizes pélvicas podem ser diagnóstico diferencial para endometriose

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Por Dr. Carlos André Pereira Vieira – especialista em cirurgia vascular

A cantora Anitta veio a público por meio das redes sociais e revelou ter sido diagnosticada com endometriose. A doença afeta a mucosa que reveste as paredes internas do útero, conhecida como endométrio, e a faz crescer para fora do órgão, atingindo, por exemplo, os ovários e a bexiga.

Nesse cenário, as varizes pélvicas são um diagnóstico diferencial para a endometriose, pois ambas possuem alguns sintomas similares, como dor crônica na região da pelve e durante a relação sexual. Elas são veias aumentadas e tortuosas na região do útero e dos ovários, que dificultam o retorno venoso, causando dores com duração maior que seis meses.

De acordo com o médico especialista em cirurgia vascular do Hospital Nove de Julho em São Paulo, Dr. Carlos André Vieira, essa doença pode atingir até 15% das mulheres entre 18 e 50 anos. Além de ser considerada no diagnóstico diferencial para endometriose, doenças inflamatórias pélvicas e cistite intersticial, alguns dos sintomas dessas doenças são semelhantes aos de varizes pélvicas. “Infelizmente, apesar de sua alta prevalência, é subdiagnosticada por muitos médicos”, disse Vieira. (mais…)

Artigo – 30% da população adulta brasileira será obesa em 2030

Na foto, Lucando Douglas | Arquivo Pessoal

Dados do Ministério da Saúde apontam que 22% da população brasileira adulta está obesa, mas a estimativa é de que 30% esteja nessa condição em 2030. A projeção do Atlas Mundial da Obesidade 2022 para os  próximos oito anos é de um bilhão de pessoas ou 17,5% dos adultos com obesidade em todo o planeta. O pior é que muitas pessoas desconhecem que a doença é crônica e precisa ser tratada. O tratamento convencional abrange reeducação alimentar, atividade física e, em alguns casos, remédios. Para determinados casos mais graves, a cirurgia bariátrica pode ser indicada, sobretudo para controle de doenças associadas, a exemplo da hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, problemas articulares e alguns tipos de câncer.

Entre 2011 e 2018, o número de cirurgias bariátricas no Brasil cresceu 84,7%, ultrapassando a marca de 400 mil procedimentos. Devido à pandemia de Covid-19, porém, houve uma grande queda no número de operações dessa natureza. De acordo com o DataSUS, em 2019, foram realizadas, em todo o país, 12.568 cirurgias bariátricas, contra 2.296 em 2021, uma redução de 81,7%. Segundo o cirurgião geral e bariátrico Creilson Campos, integrante do Robótica Bahia – Assistência Multidisciplinar em Cirurgia, com o enfraquecimento da pandemia nos últimos meses, as cirurgias estão sendo retomadas em ritmo acelerado.

Para que a cirurgia bariátrica seja realizada, é necessário que haja indicação para o procedimento após avaliação criteriosa de um cirurgião experiente e também de outros profissionais, como endocrinologista, psicólogo, nutricionista, educador físico e até psiquiatra, em alguns casos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a modalidade  cirúrgica é recomendada para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35 kg/m², que tenham complicações associadas. “O procedimento também pode ser indicado para pacientes com IMC maior que 40 que não tenham obtido sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico”, acrescentou o cirurgião. (mais…)

Artigo – Câncer de pulmão é o mais prevalente e letal do mundo; atente aos sintomas

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Felipe Leonardo Estati – oncologista

Agosto Branco é o mês de conscientização e alerta para o câncer de pulmão. Vale destacar que essa é a neoplasia mais prevalente e letal do mundo, com cerca de 2 milhões de novos casos ao ano. Sabidamente, o principal fator de risco é a carga tabágica (número de cigarros fumados ao longo da vida), porém a exposição passiva a tabaco e a substâncias inalatórias tóxicas também aumenta o risco. Em alguns casos, fatores genéticos podem estar associados. Mesmo pacientes não tabagistas devem ter a suspeita, diante um quadro clínico compatível, visto que 15% dos casos desse tumor ocorrem em indivíduos que nunca fumaram.

Vale destacar que a cessação do tabagismo leva a uma diminuição do risco de câncer de pulmão ao longo dos anos, embora esse risco permaneça sempre superior a quem nunca fumou. Não há dados que indiquem que haja níveis seguros para qualquer forma de tabagismo, incluindo o consumo de cigarros eletrônicos, que também contêm nicotina, responsável pela dependência, além de outras substâncias químicas distintas do cigarro convencional.

Apesar dos avanços médicos recentes, apenas 25% dos casos são diagnosticados em fases iniciais. Portanto, sintomas de cansaço progressivo (falta de ar), tosse em piora, sangue no catarro e dor torácica que evolui ao longo de dias merecem atenção do paciente e do profissional que realiza o primeiro atendimento. (mais…)

Atividade física auxilia no controle da diabetes e no aumento da qualidade de vida

Imagem de eBike Shed Ltd

Cerca de 15,7 milhões de brasileiros são diabéticos, de acordo com pesquisa.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), em pesquisa divulgada em 2021, cerca de 537 milhões de adultos, entre 20 e 79 anos, possuem diabetes. No ranking mundial, o Brasil ocupa o 6º lugar de maior incidência de diabetes, com 15,7 milhões de brasileiros acometidos pela doença. Os especialistas apontam que o aumento de pacientes com a doença se dá, dentre vários motivos, por causa do sedentarismo.

“Com a facilidade de locomoção, com carros, motos e aplicativos de transporte, mover o corpo ficou mais difícil. Com isso, os casos de obesidade, infarto, AVC, hipertensão e diabetes começaram a aparecer com mais frequência”, explica o educador físico e professor do colegiado de Educação Física, Leonardo Paim.

Exercício físico e qualidade de vida

“A diabetes é uma doença metabólica que tem por principal característica o aumento anormal do açúcar no sangue”, explica a endocrinologista e professora da Unex, Ana Mayra.

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Lesões esportivas: diagnóstico precoce e tratamento adequado garantem retorno mais rápido aos treinos

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Exames de imagem ajudam a detectar contusões e a direcionar tratamentos mais assertivos.

A lista dos benefícios que a prática de esportes traz para saúde é grande. Aumento do condicionamento físico; redução do colesterol, hipertensão e glicose; estímulo das atividades cognitivas; e diminuição do estresse são alguns deles. Embora os exercícios físicos estejam relacionados à vida saudável, exagerar ou se exercitar de forma incorreta pode gerar lesões.

Segundo o médico radiologista especialista em musculoesqueleto da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), Dr. Marcos Cohen, praticar atividades físicas requer orientação de um profissional de educação física e respeitar os limites do corpo.

“Qualquer pessoa está suscetível uma lesão ao praticar uma atividade física, como corrida, musculação, futebol e outros esportes. As causas dessas lesões geralmente estão associadas a movimentos equivocados, quedas e pancadas durante a prática esportiva. É fundamental consultar um especialista médico quando perceber algum sinal diferente no corpo, como dor”, explica. (mais…)

Exercícios e bons hábitos ajudam a aumentar a longevidade e proteger a memória

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Há algum tempo já se fala que a prática de exercícios ajuda a proteger o cérebro dos danos associados ao envelhecimento. Agora, uma pesquisa divulgada na revista The British Medical Journal também reforçou o papel protetor do estilo de vida saudável contra o envelhecimento do cérebro. Segundo o estudo, além de uma expectativa de vida mais longa, hábitos como atividades físicas, dieta pobre em gordura animal e estímulos cognitivos também ajudam a viver mais tempo e sem demência.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas que vivem com Alzheimer e outras enfermidades neurodegenerativas deve triplicar em todo o mundo até 2050, passando de cerca de 57 milhões em 2019 para 152 milhões em 2050. Por isso, não fumar, beber com moderação, estimular o cérebro com atividades e manter o corpo em movimento, ajudam a equilibrar o funcionamento da mente.

“O importante é começar. Pode ser difícil se exercitar por 30 minutos, mas tudo começa com o primeiro passo. A atividade física está associada à formação de novos neurônios e a uma melhora da resposta cardiovascular, o que também é importante para o cérebro, que depende do bom fluxo sanguíneo”, comenta Leandro Dias, Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness.

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