Uma semana de atividades que evidenciaram o potencial dos biomas da Bahia, como Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, e destacou a relevância dos povos originários e das comunidades tradicionais para o desenvolvimento sustentável do estado. Organizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que ocorreu de 13 a 18 de outubro, alcançou 80 municípios. As principais ações aconteceram no Quilombo Kaonge, em Cachoeira, na Aldeia Kaí, em Prado, em Caetanos, Quixabeiras, Salvador e na Chapada Diamantina.
O encerramento da SNCT, que aconteceu na sexta-feira (18), no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC), foi marcado por diversas entregas para as áreas de CT&I. Com a presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, do governador Jerônimo Rodrigues, e do secretário da Secti, André Joazeiro, anúncios como a Lei do Programa de Promoção, Popularização e Difusão da Ciência (PopCiência Bahia) e Decreto PopCiência Jovem foram realizados.
A Lei PopCiência Bahia busca ampliar o acesso ao conhecimento científico, promovendo inclusão social e incentivando feiras de ciências e formação profissional em todo o estado. As ações serão conduzidas pela Secti e Secretaria da Educação (SEC), que também coordenarão o Decreto PopCiência Jovem, aprovado pelo Conselho Estadual de Educação. Esse decreto tem como foco integrar a educação científica ao currículo das escolas estaduais e estimular a pesquisa e inovação, especialmente em regiões com menos oportunidades.
Para o secretário da Secti, André Joazeiro, o decreto marca o início de uma política de inclusão e popularização da ciência nas escolas, desde o ensino fundamental até o ensino médio. ‘Já a lei, que será apresentada à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), formaliza esse processo. Ao ser formalizado por meio de uma lei, o projeto tem sua continuidade assegurada. Agora que superamos a etapa burocrática, será muito difícil interromper o andamento do projeto’, disse.
Para a ministra de CT&I, Luciana Santos, o país tem capacidade de desenvolver soluções sustentáveis e de baixo custo. ‘Estamos construindo um novo projeto sustentável e inclusivo. Sabemos que a reindustrialização tem um papel fundamental nesse processo. Para conquistar nosso lugar no mundo, essa reindustrialização deve ser apoiada no conhecimento, na tecnologia e na inovação. Para isso, o que vimos aqui hoje, com as crianças desde cedo já lidando com suas vocações naturais e apresentando soluções baratas e eficazes, revela que a produção de conhecimento no Brasil é valiosa’, afirma.