Ter chuva é bom para a agricultura, mas em excesso é motivo de preocupação. O elevado índice de precipitação que fechou o primeiro trimestre (e o verão) impactou a produção agrícola e foi responsável por atraso no plantio da cana-de-açúcar para a safra 2024/2025. Esse desafio climático pode se refletir em diminuição da produtividade, avalia o engenheiro agrônomo Bernardo Borges.
“O impacto das fortes chuvas de janeiro a março vai além da possível redução na rentabilidade do agricultor, podendo se estender aos setores de energia, álcool e açúcar”, comenta o especialista, que é pós-doutor em agronomia pela Universidade de Edimburgo (Escócia). “Com o atraso do plantio, teremos cana jovem enfrentando clima adverso. Sem o tempo úmido e mais ameno do outono, a predominância do período de desenvolvimento vegetal passará pelo inverno, com temperaturas mais baixas e mais clima seco.”
Enquanto o clima do primeiro trimestre do ano favorece o desenvolvimento rápido da cana, de abril e agosto – ou seja, do outono até o período mais crítico do inverno – as características climáticas retardam o desenvolvimento vegetal, constata a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Por isso, em um ciclo agrícola, atrasos consideráveis na etapa de cultivo podem significar menos plantas prontas para o corte na época de colheita. Assim, fortalecer raízes, reduzir o estresse e estimular o crescimento tornam-se fundamentais.
Produção em alta
Com o atraso no plantio, consultorias estimam que pode haver redução da colheita de cana na safra 2024/2025, resultado que reverteria a sequência de aumento da produção. Relatório da Conab divulgado em 18 de abril apontou aumento de 17% na safra 2023/2024 ante o ciclo 2022/2023, atingindo 713 milhões de toneladas – maior volume histórico.
Fonte: www.brasilquimica.com.br, que produziu o fertilizante Qualymix Ultra.