Após a circense Geovania afirmar que recebeu ordens do prefeito de Jaguaripe para seu circo deixar o município, mas não tem como voltar para Sergipe porque precisa de 3 reboques e combustível, e que nesse período de quase um ano só recebeu apoio da comunidade, o prefeito Heráclito Rocha Arandas esclarece:
“Eles dizem que pertencem ao circo chamado Fênix, pertenciam, esse circo quando existia se instalou em Barreira do Jacuruna com a permissão de um servidor de lá do distrito que não tinha poder de outorgar alvará… Com a pandemia, grande parte dos seus artistas foi embora e lá permaneceu esse circo armado em um espaço público, onde a administração pretende construir uma praça… Eles dizem que não puderam sair por causa da pandemia, só que não havia nenhuma rodovia fechada que impedisse a saída deles”.
“Quando verificamos a situação nós não fomos desumanos, pedimos ao secretário de turismo e cultura, Carlos Silveira, que mantivesse contato com eles pra ver o que haveria de problema para ser sanado para eles voltarem para sua localidade”.
“Eles disseram que precisariam de alguma ajuda para voltar para suas casas. Foi feito o cadastro deles na Lei Aldir Blanc, um auxilio emergencial do governo federal para artistas que tiveram suas atividades suspensas devido a pandemia… O procedimento é muito complexo e nós já selecionamos 50 artistas dentre 100 que se inscreveram, e o circo recebeu R$ 10 mil reais desse auxilio no dia 19 de janeiro de 2021”.
“Eles disseram que além dos R$ 10 mil precisam de 3 reboques para levar 3 ônibus para Aracaju, em Sergipe, e que cada reboque custa R$ 4 mil reais, totalizando 12 mil reais. Me prontifiquei em dar do meu bolso 4 mil reais e o Padre Roberto se prontificou em tentar conseguir uma outra quantia. Mas ao fazermos uma pesquisa descobrimos que o CNPJ deles é do Bairro Mochila em Feira de Santana e não do Estado de Sergipe”.
Quanto a falta de apoio do município que Geovania citou, o prefeito disse que a Secretaria de Ação Social entregou cestas básicas a essa família e o prefeito anterior deu óleo para eles se locomoverem. Sobre o circo que foi desarmado, o prefeito disse que o presidente da Câmara Municipal, com alguns vereadores, visitaram o circo e pediram para eles desarmarem a tenda que iriam ajuda-los. Ou seja, não foi o município que desarmou ou mandou desarmar a tenda.
“E agora eles querem que a Prefeitura faça o que?, e os vereadores vão fazer o que? Quem vai pagar o reboque agora para leva-los para Feira de Santana? Pra Aracajú era 4 mil reais cada reboque. E mais, eu soube que com esse dinheiro (10 mil da Lei Aldir Blanc) eles compraram outro ônibus. Eles não podem ficar acusando o prefeito, a Câmara e o padre de forma gratuita”, desabafou o prefeito Heráclito Rocha Arandas.
Fonte: Tribuna do Recôncavo
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