Mais de dois terços (67%) dos brasileiros afirmaram que pelo menos uma de dez frases falsas sobre vacinas eram verdadeiras, como mostra estudo feito com mais de 2 mil entrevistados nas cinco regiões do Brasil, realizado pela sociedade médica com participação da Avaaz e aplicação de questionários pelo Ibope em setembro deste ano. Apenas 22% dos entrevistados identificaram todas as afirmações eram falsas; 11% não souberam ou não responderam.
Para quase um em quatro entrevistados (24%), “há boa possibilidade de as vacinas causarem efeitos colaterais graves”, quando os efeitos adversos graves são raros. Para uma em cinco entrevistas (20%), “há uma boa possibilidade de as vacinas causarem a doença que dizem previnir”. Outras afirmativas com alta concordância foram “mulheres grávidas não podem se vacinar” (19%), mesmo que gestantes tenham um calendário específico de vacinação feito pelo Ministério da Saúde; “o governo usa vacinas como método de esterilização forçada da população pobre”, (14%); e “contrair a doença é, na verdade, uma proteção mais eficaz do que se vacinar contra ela”(12%).
Cerca de 13% dos entrevistados admitiram que deixaram de se vacinar ou de vacinar uma criança sob seus cuidados. Os principais motivos são falta de planeamento (38%), medo de ter um efeito colateral grave (24%), difícil acesso aos postos de vacinação (20%), medo de contrair a doença através da vacina (18%) e alerta e notícias vistos na internet (9%).
Metro1