Na última terça-feira, dia 15, dois projéteis de fabricação russa caíram em uma área rural da Polônia e deixaram, ao menos, duas pessoas mortas. A área fica a cerca de 5 km de distância da fronteira com a Ucrânia. Essa é a primeira vez, desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, que um país membro da Otan é atingido.
Mateusz Morawiecki, primeiro-ministro polonês, já convocou reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional e um porta-voz do Pentágono reafirmou o compromisso de “defender cada polegada de território da Otan”. Ainda não está claro se caíram mísseis na área ou se eram fragmentos. A região atingida fica próxima de Lviv, a principal cidade do oeste ucraniano, que foi alvo de mísseis russos nesta terça-feira, dia 15. Um eventual ataque a um país membro, poderia levar a Othan a invocar o Artigo 5º da Carta da Aliança, que prevê a defesa de seus 30 países.
Para evitar essa reação, a Rússia precisaria comunicar à Polônia que se tratou de um acidente. Até agora, os governos dos Estados Unidos e da Rússia dizem que os mísseis não parecem ter sido disparados por forças de Moscou. No início da manhã desta quarta-feira, dia 16, o secretário-geral da Othan, Jens Stoltenberg, afirmou que a explosão foi provocada provavelmente por um míssil de defesa da área ucraniana, disparado para defender o território contra ataques de projéteis russos.
Metro1