O advogado e músico João Yuji disse que estava em um retiro quando recebeu a notícia da morte da esposa, Laryssa Galantini. A goianiense foi uma das duas vítimas fatais do acidente entre lanchas em Boipeba. “Eu estava no retiro de absoluto silêncio durante 10 dias, recebi a notícia enquanto estava lá”, disse.
João Yuji contou que havia passado o Natal com Laryssa em São Paulo. Eles ficaram juntos por sete dias. Depois, ele seguiu para o retiro, enquanto ela viajou para a Bahia. “Tivemos uma relação de muita confiança, fizemos muita coisa juntos durante oito anos. A gente travou muitas batalhas. Ela foi uma parceira de vida”, afirmou.
Laryssa estava na lancha Dattoli 12 que faziam a travessia entre as cidades de Valença e Boipeba, na última sexta-feira (29), e colidiu com a Bicudinha 3. Além dela, o advogado Mario André Machado Cabral, de 34 anos, também acabou morrendo no acidente.
Laryssa Galantini era mestre em biologia, com experiência na área de biodiversidade marinha. Atualmente, ela se dedicava a conservação do Cerrado e era colaboradora em projetos voltados para a preservação da vida silvestre na Chapada dos Veadeiros.
Além de educadora, Laryssa atuava em movimentos feministas, de preservação do meio ambiente e culturais. Segundo Daniela, a bióloga fez grandes colaborações em causas dos saberes tradicionais e atuou no projeto “RAÍZES: Grande Encontro de Raizeiros, Parteiras, Benzedeiras e Pajés na Chapada dos Veadeiros”.
O Instituto Biorregional do Cerrado (IBC) lamentou a morte dela. “Laryssa era uma educadora atuante e carismática. Participava de inúmeros projetos educacionais e socioambientais, sempre com o objetivo de promover a regeneração, resiliência e conservação do Cerrado”, disse a nota.
Fontes: Bahia Noticias e G1.