Um acervo de objetos do século XIX foi achado por arqueólogos na última segunda-feira, dia 29, no subsolo do Largo do Santo Antônio, no Centro Histórico de Salvador – área tombada como Patrimônio do Brasil pelo governo federal e chancelada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. “Até agora, os achados são compostos por fragmentos de cerâmicas, faianças finas (cerâmica branca mais porosa que a porcelana), além de vidros, metais e porcelanas”, explica Railson Cotias, mestre em Arqueologia pela Universidade Federal de Sergipe.
Segundo o especialista, os objetos achados até agora são relacionados a usos domésticos, como de cozimento (cerâmica utilitária) ou de servir à mesa (faiança e porcelana). “Estamos analisando a camada em que estes objetos foram encontrados, a partir de 1,5 metro de profundidade, podendo ser provenientes das várias obras de urbanização da praça ou mesmo de alguma relação ao Forte de Santo Antônio, a edificação mais próxima”, relata Cotias. As buscas continuarão em outros pontos do Largo até o final de julho.
O bairro de Santo Antônio passa por requalificação das suas principais vias: Rua Direita, Ladeira do Boqueirão e Largo. A iniciativa é do governo estadual através da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder), e faz parte do Projeto ‘Pelas Ruas do Centro Antigo (CAS)’, coordenado pelo escritório da Diretoria de Habitação e Urbanização Integrada da CONDER no Pelourinho. A ação pavimenta vias e requalifica calçadas, com acessibilidade, totalizando R$ 124 milhões de investimentos do Governo do Estado, beneficiando um total de 313 ruas.
Metro1