Dia dos pais: Primeiro contato do pai com o filho gera sentimento único, explica cientista

Créditos de Davi Borges

Há alguns anos, um comercial de seguradora intitulado “completamente louco” ganhou a afeição de muita gente. As imagens mostravam um pai de primeira viagem preparando um berço, estudando sobre bebês e ao final com o filho no colo. Enquanto isso, um narrador dizia: “Só mesmo um louco para ter um filho. Ela vai perder a forma e você gastará uma fortuna em fraldas. Sem qualquer cerimônia esse sujeito vai roubar sua esposa e suas noites de sono. E ainda assim, você vai ser completamente louco por ele”. Essa paixão entre pai e filhos, repleta de um sentimento profundo e único, pode ser explicada pela ciência por meio de um hormônio chamado ocitocina.

Segundo o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu, a ocitocina tem um papel fundamental nas relações e, por isso, ficou conhecida como o hormônio do amor. “Ela é um neurotransmissor, ou seja, age como mensageiro, levando informações para diversas áreas do organismo”. Pesquisas diversas já comprovaram que “a ocitocina influencia comportamentos, é capaz de reduzir o estresse e a ansiedade e tem o poder de fortalecer vínculos a curto e longo prazos”. Ou seja, a ciência pode detalhar aquele sentimento a princípio “inexplicável” provocado pela paternidade.

Ao viver esta experiência, Fabiano sentiu no peito algo novo, que ele viria a saber depois que era a ocitocina em ação. “Quando minha primeira filha Gabriela nasceu, o médico logo a colocou em meus braços. A sensação que senti foi algo indescritível a ponto de ter que me aprofundar mais sobre esse hormônio. Todas aquelas pessoas na sala de parto desapareceram, se apagaram, me lembro até agora da sensação, nunca mais senti algo parecido. Uma mistura de euforia, aumento de oxigênio, pacificidade, felicidade com um toque de sonolência e cansaço depois. A sensação era de que poderia ler um livro naquele momento e ao fechá-lo, decorá-lo inteiro sem nenhum esforço “. (mais…)

ARTIGO – Os impactos emocionais provocados pela ausência da figura paterna na construção da personalidade

Imagem ilustrativa by Esi Grünhagen from Pixabay

Por Dra. Andréa Ladislau – Doutora em Psicanálise Contemporânea

O mês de agosto começa trazendo uma data comemorativa de suma importância na construção da personalidade e da maturidade de um indivíduo: o dia dos pais. Apesar de muitos não possuírem o contato com essa figura de grande impacto emocional para os filhos. O papel do pai no desenvolvimento da criança e na interação entre pai e filho é um dos fatores decisivos para o fortalecimento cognitivo e social, facilitando a capacidade de aprendizagem e a integração da criança na comunidade e no universo em que ela está inserida.

Mas temos que deixar claro que, na atualidade, a figura paterna pode ser desempenhada por qualquer pessoa que promova essa interação e essa responsabilidade. Sabemos que muitas crianças não possuem contato permanente com seus pais biológicos, por diversos motivos. E que, ao longo da vida, esse papel de acaba sendo desempenhado por um avó, um tio, um padrasto, um irmão, enfim…..

No entanto, fato é que, a figura paterna é responsável por uma boa parte da identidade deste indivíduo. E a ausência ou abandono do pai, ou ausência de quem desempenhe esse papel na infância pode trazer várias consequências para a criança que podem se refletir na vida adulta, pois quanto maior é a participação e o envolvimento do pai no crescimento e na educação da criança, melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos. Visto que, o pai é um pilar muito importante no desenvolvimento psíquico e emocional de qualquer criança. (mais…)

ARTIGO – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e os desafios na escola

Na foto, Margarete Chinaglia | Divulgação

Por Margarete Chinaglia – farmacêutica bioquímica e pesquisadora 

Na escola, há crianças que sentem como um turbilhão de coisas acontecendo ao mesmo tempo: são lápis e borracha que insistem em ficar no chão, papéis amassados que voam, ruídos nos corredores, o vento bagunçando as árvores, os carros buzinando, colegas de classe disputando atenção e um adulto falando coisas que o aluno não sabe, o tempo todo. Esses são os dilemas na vida de quem tem TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Apesar de serem bem comuns, esses detalhes do cotidiano são grandes desafios para a criança com TDAH. Os resultados logo aparecem: notas baixas, conversas paralelas e/ou não saber o que foi falado durante a aula, ter sentimentos confusos e misturados emocionalmente, além de usar o ambiente escolar para brincadeiras emocionantes.

Também é comum a criança receber punições dos pais quando eles não correspondem com resultados satisfatórios na escola. Por sua vez, os profissionais da educação também punem o aluno que não cumpre regras na sala de aula: quando não ficam quietos, andam e incomodam outros alunos ou interrompem a aula a todo momento. (mais…)

Assédio moral: Entenda como esse comportamento abusivo pode afetar a saúde mental do profissional

Imagem ilustrativa de StartupStockPhotos por Pixabay

Em 2020, o Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu 4.826 denúncias de assédio moral no país. Uma pesquisa feita por um site de vagas registrou que 52% dos entrevistados alegam ter sofrido algum tipo de assédio moral no meio corporativo. No entanto, 87,5% não denunciam o assédio. Os motivos são inúmeros: vergonha, medo que a culpa recaia sobre a vítima e, principalmente, medo de perder o emprego.

A Professora Eliziane dos Santos, coordenadora acadêmica do curso de graduação em gestão hospitalar da Faculdade Santa Marcelina, explica como essa relação entre assediador e assediado acontece de forma sutil: “O assédio moral se dá em duas fases: na primeira, a pessoa ainda não tem consciência que a agressão é direcionada exclusivamente a ela, em um segundo momento, a pessoa se percebe como alvo das atitudes maldosas”.

A falta de discernimento entre poder e autoridade são a origem da maior parte dos comportamentos abusivos. Isso porque, de acordo com Eliziane, geralmente o assediador ocupa uma posição superior à da vítima na empresa: “São pessoas inseguras, mas usam da relação hierárquica para sobressair. Eles têm comportamentos arrogantes e exploram o outro nas relações interpessoais”. A professora destaca que o sentimento de inveja e a necessidade de se sentir importante também podem estar presentes no assediador. (mais…)

ARTIGO – Do Possível Pedido de Impeachment do Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e dos Três Chefes das Forças Armadas

Na foto, Dr. Marcelo Válio | Crédito: Divulgação

Por Marcelo Válio – Advogado, Professor e Palestrante. 

Há poucos dias o Ministro de Defesa, através de fala antidemocrática ameaçou explicitamente a democracia nacional. Em manifestações, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e os três chefes das Forças Armadas teriam dito ao presidente da Câmara dos Deputados, que “sem voto auditável não haverá eleição no ano que vem.”

Trata-se de fala vergonhosa, autoritária e contrária aos mínimos ditames da Constituição Federal. Confirmadas as declarações, ferido está o artigo 1o da Constituição Federal: “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos…”

Ademais, o Estado Democrático de Direito é uma forma de Estado em que a soberania popular é fundamental.

Além disso, é marcado pela separação dos poderes estatais, a fim de que o legislativo, executivo e judiciário não se desarmonizem e comprometam a soberania popular. Outro ponto importante que caracteriza essa forma de Estado é o respeito aos Direitos Humanos que são fundamentais e naturais a todos os cidadãos. (mais…)

ARTIGO – O impacto do estresse na saúde dos pacientes

Imagem de Gerd Altmann do Pixabay

Por Fábio Akiyama – osteopata e Fernanda Gil Machado –  fisioterapeuta

Muitos profissionais da saúde e principalmente pacientes, não compreendem como funciona o sistema nervoso autônomo, o simpático e o parassimpático. O sistema nervoso simpático, por exemplo, é um acelerador responsável por manter o corpo ativo, com a liberação de catecolaminas, como a adrenalina e o cortisol. Já o parassimpático funciona como um freio, que atua em momentos de descanso e digestão. Dessa forma, o corpo atua de maneira equilibrada.

No entanto, quando alguma situação gera estresse, o sistema nervoso simpático atua de forma descontrolada, como se o corpo estivesse em constante situação de perigo ou agitação, fazendo com que ele esteja preparado para uma situação de luto ou fuga. Em decorrência disso, o freio deixa de funcionar e coisas simples como o sono e digestão ficam irregulares.

Essa situação também pode ser conhecida como a Lei Bifásica, a 2ª Lei de Hamer. Em um gráfico, o sistema simpático é predominante e está na linha superior, pois funciona durante o período do dia e abaixo da linha está o parassimpático, que atua no período noturno e é chamado de vagotonia. (mais…)