Nota da CNM sobre portaria com reajuste para o piso do magistério

Nota da CNM sobre portaria com reajuste para o piso do magistério - brasilImage by Firmbee from Pixabay

O governo federal assinou nesta sexta-feira, 4 de fevereiro, a Portaria que estabelece o reajuste do piso do magistério para 2022. O anúncio reforça a falta de planejamento e comunicação dentro do próprio governo, bem como demonstra que a União não respeita a gestão pública no país. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) entende que a Portaria não muda o entendimento anterior de que é necessária regulamentação da matéria por intermédio de uma lei específica, conforme reforçado em Nota de Esclarecimento do Ministério da Educação, de 14 de janeiro, com base em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU).

Os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) não são do governo federal. Ao declarar que há recursos disponíveis para o pagamento do piso e de que os recursos do Fundeb são repassados aos Municípios pela União, o governo tenta capitalizar politicamente em cima desse reajuste sem, no entanto, esclarecer que o Fundo é formado majoritariamente por impostos de Estados e Municípios. Trata-se de um mecanismo de redistribuição composto por receitas dos três Entes.

Importante frisar que, com o reajuste anunciado, os Municípios terão um impacto de R$ 30,46 bilhões, colocando os Entes locais em uma difícil situação fiscal. Levantamentos da CNM mostram que, desde a criação do piso, há um aumento real muito acima da inflação e do próprio Fundeb. O piso do magistério cresceu 204% entre 2009 e 2021, superando o crescimento de 104% da inflação mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e de 143% do próprio Fundo, recurso que serve para o financiamento de todos os níveis da Educação Básica. O repasse do Fundeb para este ano será de R$ 226 milhões. Com esse reajuste, estima-se que 90% dos recursos do Fundo sejam utilizados para cobrir gastos com pessoal. (mais…)

Anvisa revoga autorização emergencial a remédio contra Covid-19

Anvisa revoga autorização emergencial a remédio contra Covid-19 - brasilFoto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou, nesta sexta-feira, dia 04, a autorização de uso emergencial da associação dos anticorpos monoclonais banlanivimabe e etesevimabe contra a Covid-19.

Diante dos dados de que a ômicron já é predominante no país, a Anvisa solicitou que a empresa apresentasse dados da eficácia do medicamento contra a nova variante do coronavírus. Em resposta, a empresa solicitou a revogação da autorização.

A agência reguladora esclareceu que está autorizado somente o uso dos estoques remanescentes da pesquisa clínica ou importados antes dessa revogação, exclusivamente para os pacientes com Covid-19. No dia 24 de janeiro deste ano, a FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora americana, suspendeu o uso desses medicamentos em todo o território nacional.

Metro1

Brasil recebe mais 2,1 milhões de doses de vacinas da Pfizer

Brasil recebe mais 2,1 milhões de doses de vacinas da Pfizer - brasilFoto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Mais de 2,1 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a covid-19, voltadas para o público acima de 12 anos de idade, chegam ao Brasil nesta sexta-feira, dia 04. Este é o primeiro lote de dois que serão entregues até o fim de semana, segundo o Ministério da Saúde.

A nova remessa irá se unir com as mais de 177 milhões de doses da vacina enviadas para a campanha de imunização. As vacinas desembarcam no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. “Logo após passarem por um rígido controle de qualidade, os imunizantes começarão a ser distribuídos aos estados e ao Distrito Federal, seguindo critérios de igualdade e proporção populacional”, informa o ministério.

A campanha de vacinação contra a covid-19 ultrapassou mais de 407 milhões de doses de vacinas distribuídas para estados, municípios e Distrito Federal. Destas, mais de 359 milhões foram aplicadas, segundo balanço do ministério.

Agência Brasil

Soldados que recusaram vacina começam a ser dispensados pelo Exército

Soldados que recusaram vacina começam a ser dispensados pelo Exército - brasilFoto: Luciano Almeida

O Exército dos Estados Unidos (EUA) começou a dispensar militares que não se vacinaram contra a Covid-19. O anúncio foi feito na quarta-feira, dia 02, como medida para “manter prontidão para combate”.

Conforme informou o Exército em comunicado, a medida vale para soldados, reservistas em serviço ativo e cadentes, com exceção apenas para isenções provadas ou pendentes.

A ordem de dispensa é a mais recente de um braço militar dos EUA que remove os militares não vacinados em meio à pandemia, depois que o Pentágono tornou a vacina obrigatória para todos os militares em agosto de 2021.

Metro1

Justiça decreta prisão de acusados do assassinato de Moïse Kabagambe

Justiça decreta prisão de acusados do assassinato de Moïse Kabagambe - policia, justica, brasilFoto: Arquivo Pessoal

Foi decretada nesta quarta-feira, dia 02, a prisão de três homens envolvidos no espancamento e na morte do imigrante congolês Moïse Mugenyl Kabagambe. O crime ocorreu no último dia 24, no quiosque Tropicália na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. A ordem de prisão foi dada na madrugada pela juíza do Plantão Judiciário, Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz. A prisão temporária dos suspeitos foi pedida nesta terça-feira, dia 1°/02, pela Polícia Civil ao Ministério Público.

Segundo o titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Henrique Damasceno, eles responderão por homicídio duplamente qualificado. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), os acusados foram identificados após o depoimento de testemunhas que presenciaram o espancamento, feito com barras de madeira. Após a violência, a vítima ainda foi amarrada com uma corda por um dos indiciados. Na decisão, a juíza ressalva que são necessárias mais investigações para esclarecer os fatos.

As imagens do quiosque mostram que três homens participaram da sessão de violência contra Moïse, que foi brutalmente agredido a pauladas, após o início uma aparente discussão. As circunstâncias da briga ainda estão sendo apuradas pela polícia. Parentes do congolês sustentam que ele tinha ido ao local cobrar uma dívida. Já os agressores afirmam que ele havia iniciado uma briga dentro do estabelecimento.

Metro1

ONU lamenta assassinato de congolês no Rio

ONU lamenta assassinato de congolês no Rio - mundo, brasilFoto: Arquivo Pessoal

A Organização das Nações Unidas (ONU) lamentou, por meio de uma carta, a morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe – assassinado a pauladas no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O jovem havia se dirigido até o local para cobrar uma quantia de R$ 200 por serviços prestados, no último dia 24. Um homem se apresentou à polícia e assumiu a autoria do assassinato. No final de terça-feira, dia 1º/02, a Polícia Civil identificou outras três pessoas suspeitas de participação no crime.

As agências da ONU para Refugiados (Acnur) e para Migrações (OIM) prestaram condolências e solidariedade à família de Moïse e a toda comunidade congolesa residente no Brasil. “As equipes do PARES Cáritas RJ, do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e da OIM (Agência da ONU para Migrações) no Brasil receberam, com enorme consternação, a notícia da morte do refugiado congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, brutalmente espancado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro”, diz a nota.

A Coalizão por Direitos Negros enviará nesta quarta-feira, dia 02, uma denúncia ao Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial na ONU para pedir proviências. No documento serão apontado os possíveis crimes de racismo e xenofobia. A articulação reúne mais de 200 entidades, coletivos e organizações do movimento negro. O caso foi abordado em reunião na terça-feira, dia 1º/02, durante uma reunião com o Subcomitê da ONU para a Prevenção da Tortura. Leia íntegra da nota das agências da ONU: (mais…)