Começou no último dia 26 e encerrou nesse domingo, dia 29, a 11ª edição da FLICA (Festa Literária Internacional de Cachoeira-BA). Com o tema “Poéticas Afroindígenas no Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia” o evento foi realizado com uma vasta Programação tendo como objetivo a valorização da diversidade cultural popular de autoria afro-indígena, cujas expressões revelam as histórias e memórias destes povos que arduamente lutaram e continuam lutando pelas conquistas de Direitos.
Mesas temáticas pautadas na Resistência, Independência, Descolonização, Trajetórias, Visibilidade, Emancipação, Bicentenário da Independência da Bahia, Saberes e Vozes Ancestrais e a Cultura Popular destes povos foram abordados por convidados para um grande público composto por estudantes, professores, escritores, pesquisadores, artistas, historiadores e pela população em geral.
Todas as temáticas abordadas giraram em torno da Arte Literária que possui a missão de registrar e transmitir às gerações as histórias e memórias dos povos afroindígenas através de uma diversidade de expressões: contos, cordel, crônicas, poesia, repente, sendo posteriormente adaptadas para outras modalidades artísticas como o teatro, a música, o cinema e a dança.
Como tradicionalmente acontece, a FLICA dispõe de uma Programação dedicada ao público infantil, denominada FLIQUINHA com contação de histórias e outras atividades. Apresentações musicais, lançamentos de livros, intervenções artísticas, exibição de curtas metragens, oficinas temáticas, sarau poético, rodas de conversa, Documentários e Exposições artísticas integraram a Programação. O Samba de Roda foi o grande destaque das apresentações por ser uma tradição local e regional que envolve pessoas de todas as faixas etárias com um notável carisma.
Um grande cortejo afrobarroco representando a cultura cachoeirana e do Recôncavo encerrou em grande estilo esta edição da FLICA saindo da Tenda Paraguaçu e percorrendo o centro da Cidade de Cachoeira, acompanhado pela população, curadoria e equipe de apoio da FLICA.
Matéria: Maria do Carmo/ Tribuna do Recôncavo.