Uma mulher passou mal após fazer a limpeza em uma das praias de Salvador afetada com as manchas de óleo. A bióloga e professora de surf, Carla Circenis, 49 anos, passou mal após limpar a praia de Stella Maris. Ela estava sem os equipamentos de proteção que são recomendados às pessoas que fazem as limpezas.
Carla disse que após ter contato com o petróleo cru, os olhos ficaram irritados e a pele empolada, além de um princípio de sinusite e dor de barriga. A voluntária do grupo Guardiões do Litoral disse que toda precaução acabou quando ela viu a praia de Stella Maris coberta de grandes placas de óleo, no dia 17 de outubro. A reação foi calçar os sapatos usados para dar aula de surfe, um par de crocs, e luvas para começar a limpeza do local. Os sintomas duraram um final de semana.
Mesmo sabendo que o material pode trazer malefícios para a saúde, Carla não imaginava que o petróleo cru poderia ser tão tóxico. Por ser bióloga, ela sabe que o óleo é trifásico, liberando um gás tóxico, uma parte que é levada pela correnteza e uma parte que decanta para o fundo do mar. As duas principais formas de contaminação pelo óleo são via respiração e pele. A intoxicação com os gases liberados pelo petróleo cru pode ser mais severa pela pele devido a sensibilidade do pulmão.
Dentre os sintomas para o sistema respiratório, o contaminado por sentir falta de ar, cansaço, chiado no peito, tosse seca e até desencadear uma crise de asma. Apesar do relato de Carla, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) não registraram nenhum caso de paciente com sintomas causados pelos contato com o óleo nas redes públicas. Em Pernambuco, foram registrados 19 casos de intoxicação.
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