Endividamento bate recorde; uso do cartão dispara, alerta CNC

Endividamento bate recorde; uso do cartão dispara, alerta CNC - economiaFoto: Antonio José/ Agencia Brasil

Tendo o cartão de crédito como principal vilão, o endividamento bateu recorde no Brasil em julho. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) constatou uma alta de 1,7 ponto percentual no mês passado. O indicador da Confederação Nacional do Comércio (CNC) apontou que 71,4% das famílias brasileiras apresentam alguma dívida. A proporção de endividados no cartão de crédito também renovou a máxima histórica, chegando a 82,7% do total de famílias com dívidas.

Izis Ferreira, economia responsável pelo estudo, ressalta que, embora o crédito possa funcionar como ferramenta de recomposição da renda e potencializar o consumo, com mais de 71% das famílias endividadas acende-se um alerta para o seu uso. “O aumento dos juros em curso no País encarece as dívidas, principalmente na modalidade mais buscada pelos endividados hoje, que é o cartão de crédito”, conclui a economista. Na Peic, o aumento no número de endividados ocorreu nas duas faixas de renda pesquisadas.

O percentual daquelas que recebem até dez salários mínimos mais a atenção: passou de 70,7%, em junho, para 72,6%, em julho – recorde da série histórica. No mesmo mês do ano passado, havia ficado em 69%. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a inflação elevada tem diminuído o poder de compra dos brasileiros e deteriorado os orçamentos domésticos. “A renda dos consumidores também está afetada pelas fragilidades do mercado de trabalho formal e informal, com o auxílio emergencial deste ano sendo pago com um valor menor”, afirma Tadros.

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Preço da cesta básica sobe em 15 capitais

Preço da cesta básica sobe em 15 capitais - economiaImagem Ilustrativa | Fotos: Carla Ornelas/ SECOM-BA

O preço da cesta básica subiu em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na comparação entre julho e junho. Segundo o levantamento divulgado nesta terça-feira, dia 05, as maiores altas foram registradas em Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%).

Em João Pessoa o conjunto de alimentos e itens essenciais teve queda de 0,7% e em Brasília de 0,45%. As cestas mais caras são a de Porto Alegre (R$ 656,92), Florianópolis (R$ 654,43) e São Paulo (R$ 640,51).

Na comparação entre julho deste ano e o mesmo mês de 2020, a maior alta foi registrada na cesta básica de Brasília (29,42%), que atualmente custa R$ 582,35. No período, a cesta básica de Porto Alegre teve a segunda maior elevação nos preços (28,5%).

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Aprovado texto-base do projeto que autoriza privatização dos Correios

Aprovado texto-base do projeto que autoriza privatização dos Correios - politica, economiaFoto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, dia 05, o texto-base do projeto de lei 591/21, que abre caminho para a privatização dos Correios. Os deputados vão analisar agora os destaques, que podem alterar tópicos do relatório do deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA). O parecer recebeu 286 votos a favor, 173 contra. Houve ainda duas abstenções.

Em seu parecer, o relator incluiu que a empresa que comprar os Correios terá exclusividade mínima de cinco anos sobre os serviços postais – carta, cartão postal, telegrama e demais correspondências. Cutrim recomenda a aprovação de substitutivo que cria modelo de concessão comum dos serviços postais, retirando do projeto original do Poder Executivo a possibilidade de modalidade patrocinada. O principal argumento é que a desestatização decorre justamente da falta de recursos da União para arcar com os investimentos no setor.

Nos últimos dois anos foram investidos R$ 670 milhões nos Correios, além de R$ 430 milhões para ampliar a infraestrutura de tratamento de encomendas. “Boa parte das atividades postais já é executada por uma rede mista. A atual crise fiscal esgotou a capacidade de o Estado investir em infraestrutura, já que os setores prioritários são saúde, educação, transporte e segurança. Não há outro caminho a ser percorrido”, concluiu Gil Cutrim.

Redação: Bahia.Ba | Informações: G1 e Agência Câmara

Banco digital Nubank compra plataforma dos Estados Unidos

Banco digital Nubank compra plataforma dos Estados Unidos - mundo, economiaImagem Ilustrativa de StockSnap de Pixabay

O banco digital Nubank comprou a plataforma Juntos Global. Fundado em 2010 nos Estados Unidos, o novo ativo atua como uma plataforma de gestão do relacionamento entre bancos e seus clientes. Com o acordo, especialistas das áreas de tecnologia, conteúdo e design da empresa norte-americana passam a integrar imediatamente a plataforma do setor financeiro. O objetivo é criar mecanismos para entender as necessidades reais dos clientes.

A Juntos Global usa tecnologia para uma comunicação bidirecional – com origem nas instituições financeiras e nos clientes. A cofundadora do Nubank, Cristian Junqueira, ressaltou que a maioria das comunicações bancárias se concentra em novas promoções, novos produtos e o que o banco precisa que os clientes façam. “Acreditamos que cada cliente tem uma necessidade diferente e é fundamental entendermos qual ela é de forma individualizada, porque isso também ajuda a democratizar os serviços financeiros”, afirmou.

O Nubank espera contar com o potencial da plataforma para gerenciar milhões de conversas ao mesmo tempo. Segundo a executiva, “ao trazermos a plataforma Juntos Global e sua equipe para a nossa estrutura, queremos entregar aos nossos clientes uma experiência ainda mais completa e personalizada, com conversas sobre o que é mais importante para eles e possíveis soluções financeiras”.

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PL que moderniza mercado cambial contribui para criação de empregos nos mais variados setores

PL que moderniza mercado cambial contribui para criação de empregos nos mais variados setores - economiaImagem Ilustrativa | Foto: Pixabay

A modernização do mercado cambial, proposta pelo PL 5387, de 2019, que tramita no Congresso Nacional, pode resultar na redução do custo de financiamento e, por sua vez, otimizar a atividade do setor industrial. O texto traz a possibilidade de ampliação da oferta e diversificação de serviços financeiros relacionados ao comércio exterior, autorizando-se empréstimos e financiamentos bancários a não residentes, permitindo, por exemplo, que uma empresa estrangeira que importa bens produzidos no Brasil possa ser financiada diretamente no exterior por um banco brasileiro.

Além disso, a modernização proposta abre caminho para uma maior competitividade das empresas brasileiras, já que elimina a restrição que impedia um empreendimento que mantém receitas de exportação em sua conta no exterior de emprestar recursos para sua subsidiária em outro país. Por fim, o PL ainda auxiliará no ingresso do Brasil na OCDE, ao dispensar ao capital estrangeiro no Brasil o tratamento jurídico idêntico ao concedido ao capital nacional em igualdade de condições.

Segundo o deputado federal Otto Alencar Filho (PSD-BA), a proposta permite a realização de operações cambiais sem limitação de valor e a manutenção de contas em reais de titularidade de não residentes e contas em moeda estrangeira no País. O parlamentar defende que, além de beneficiar diversos setores da economia, as pequenas movimentações financeiras serão abrangidas pela modernização. (mais…)

Banco Central avança nas discussões para a criação da moeda digital brasileira

Banco Central avança nas discussões para a criação da moeda digital brasileira - economiaFoto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

Influenciado pelas inovações proporcionadas pelos ambientes digitais para as intermediações financeiras, o Banco Central está avançando nas discussões que visam a criação e a implantação da moeda digital brasileira – no caso, o Real Digital.

Para tanto, inaugurou nesta quinta-feira, dia 29, uma série de webinars que vai tratar do assunto, com a palestra Potenciais do Real em formato digital. Este, o primeiro dos sete encontros previstos durante o segundo semestre, teve como palestrante o professor Robert Townsend, do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Ele participa do projeto de criação do dólar digital.

A ideia do Banco Central brasileiro é a de “estabelecer as bases para o eventual desenvolvimento de uma CBDC [Central Bank Digital Currency] que venha a acompanhar o dinamismo da evolução tecnológica da economia brasileira e a aumentar a eficiência do sistema de pagamentos de varejo”. Dessa forma, pretende “contribuir para o surgimento de novos modelos de negócio e de outras inovações baseadas nos avanços tecnológicos”, favorecendo a participação do país em outros cenários econômicos e aumentando sua eficiência nas transações trans fronteiriças.

Agência Brasil