Fatores climáticos levaram à queda do PIB, diz secretaria

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Fatores climáticos levaram à queda de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o período de abril a junho. Essa é a conclusão da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, que divulgou nesta quinta-feira, dia 02, nota sobre o resultado do PIB do terceiro trimestre. “A queda da agropecuária teve impacto relevante no PIB do terceiro trimestre de 2021. Se fosse zerada a variação da agropecuária na margem, o PIB cresceria na ordem de 0,3% a 0,4% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre de 2021”, diz a nota.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor agropecuário registrou perdas de 8%. “É fundamental distinguir o que é política econômica de fatores climáticos adversos e pontuais da natureza. A maior crise hídrica em 90 anos de história e a ocorrência de severas geadas tiveram impacto tanto em setores intensivos em energia como em setores que dependem do clima, como agricultura”, avaliou a secretaria.

A SPE ressaltou que “mais importante do que considerar o número do crescimento, é observar a sua qualidade”. “Há elevação da taxa de poupança e da taxa de Investimento (FBCF/PIB), retornando o patamar do começo da década passada. Dessa forma, salienta-se a melhora na qualidade do crescimento do PIB brasileiro”, diz a secretaria.

Agência Brasil

Balança comercial tem déficit de US$ 1,3 bi em novembro

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A balança comercial registrou déficit de US$ 1,307 bilhão em novembro deste ano, o que significa que as importações superaram as exportações. De acordo com o Ministério da Economia, as exportações foram de US$ 20,296 bilhões enquanto as importações somaram US$ 21,603 bilhões no mês. O resultado representa o primeiro saldo negativo do ano. No acumulado de janeiro a novembro de 2021, em comparação ao mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 34,9% e somaram US$ 256,10 bilhões.

Já as importações cresceram 39,7% e totalizaram US$ 198,91 bilhões. No ano, a balança teve superávit de US$ 57,19 bilhões, com crescimento de 20,5%. Em novembro, a agropecuária teve crescimento de 16,5% e somou US$ 3,01 bilhões; a indústria extrativa teve alta de 14,8% e chegou a US$ 4,81 bilhões; e a indústria de transformação teve crescimento de 28,3% e alcançou US$ 12,34 bilhões. No acumulado do ano, na comparação com o ano anterior, os setores que apresentaram os maiores crescimentos na exportação foram agropecuária (20,7%), indústria extrativa (67,6%) e indústria de transformação (26,5%).

Nas importações do mês de novembro, o crescimento foi de 61,8% na agropecuária, que somou US$ 0,53 bilhões; de 248,3% na indústria extrativa, que registrou US$ 1,74 bilhões; e de 43,5% na indústria de transformação, que alcançou US$ 18,81 bilhões. No acumulado do ano, a agropecuária teve crescimento de 32,2% e somou US$ 4,89 bilhões; a indústria extrativa teve expansão de 91,1% e chegou a US$ 11,40 bilhões; e a indústria de transformação teve crescimento de 37% e alcançou US$ 179,44 bilhões.

Agência Brasil

Comissão Mista de Orçamento aprova acréscimo de R$ 72,1 bilhões para 2022

Foto: Antonio José/ Agencia Brasil

O Projeto de Lei Orçamentária de 2022 (PLOA 2022), definido pelo PLN 19/2021, ganhou um acréscimo de verbas de R$ 72,1 bilhões. A mudança foi aprovada nesta terça-feira, dia 1ª, pela Comissão Mista de Orçamento. Segundo o relator da comissão, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), o orçamento está próximo do equilíbrio, já resta ao governo apenas um déficit de R$ 2 bilhões para atingir o equilíbrio entre receitas e despesas. Com a medida, a expectativa é que o orçamento seja de R$ 2,028 tri.

A cifra não considera as privatizações que estão previstas para acontecer ainda no início de 2022, como a da Eletrobras – que deve arrecadar por volta de R$ 23 bi -, e licitações excedentes de petróleo do Pré-Sal, que podem gerar até R$ 5 bilhões para a União. “Isso será um feito histórico, interrompendo a sequência de déficits primários observados nos últimos oito anos”, afirmou o senador. Mudanças nas previsões do Produto Interno Bruto (PIB), flutuações da Selic – a taxa básica de juros e a inflação foram os principais motivadores da nova cifra, explicou o senador em relatório.

Guimarães informou também que, apesar da estimativa ser animadora, a queda de renda da população e o desemprego ainda são preocupantes. Segundo projeções elaboradas pelo Ministério da Economia, o PIB deverá crescer 5,1% em 2021 e 2,1% em 2022. Para a Selic, especialistas da pasta apontam que a taxa básica de juros deve fechar em 9,15% o ano de 2021, e deve ter alta de até 2% durante o decorrer de 2022.

Agência Brasil

Destrava Brasil propõe novo Refis incorporado à PEC 110

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A proposta da iniciativa é que a cobrança seja automática e o percentual fixo até liquidar as dívidas com os impostos atrasados. Sugestão foi apresentada na última semana ao deputado André Fufuca, relator do Refis

Uma proposta para o novo Refis está na Câmara dos Deputados e o relator deputado André Fufuca (PP-MA) deve apresentar seu parecer nessa terça-feira (30/11). Na última semana, os idealizadores do movimento Destrava Brasil, Luiz Carlos Hauly e Miguel Abuhab, apresentaram ao relator proposta para que a cobrança do novo Refis seja automática e fixada a partir do valor dos recebíveis até liquidar as dívidas com os impostos atrasados. A ação está no contexto da PEC 110, que prevê a reforma tributária ampla e um modelo de tecnologia que pode ser implementado de imediato, a partir da nota fiscal eletrônica.

“O projeto é excelente e acredito que deva avançar futuramente na sua construção. Me coloco à disposição para debater a proposta”, disse o deputado André Fufuca durante reunião virtual.

O economista Luiz Carlos Hauly ressalta que um dos pontos da reforma tributária ampla, que está no Senado, é o modelo tecnológico proposto. (mais…)

B3 cai pelo quinto mês consecutivo e acumulada perdas de 14,4% no ano

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A bolsa de valores B3 fechou o mês de novembro com queda de 1,58%.  Este foi o quinto balanço mensal consecutivo com perdas no índice de referência Ibovespa. As informações são da Exame. No ano, a bolsa brasileira acumula queda de 14,4%, mesmo com o movimento positivo no começo do ano, quando o Ibovespa bateu a marca de 120 mil pontos.

Situação semelhante ocorreu no mês passado, que começou com a expectativa de recuperação com a possível aprovação da PEC dos Precatórios, que garantiria o financiamento do Auxílio Brasil. A Proposta de Emenda Constitucional 23/2021ainda pode ser aprovada, mas permanece tramitando no Senado e provavelmente terá que voltar à Câmara. Dois fatores externos influenciaram os investidores. Primeiro, a retirada gradual de estímulos monetários do Federal Reserve nos Estados Unidos e, no final de novembro, a chegada da variante Ômicron do novo coronavírus acendeu novo sinal vermelho.

De acordo com levantamento da Economática, solicitado pela Exame, 60% das 89 ações que compõem o índice fecharam o mês em baixa. Em novembro, as maiores quedas afetaram papeis de empresas cujos balanços do terceiro trimestre frustraram o mercado. O maior tombo ocorreu com a Natura (-31,39%). Já a maior alta foi obtida pela TIM – que teve lucro de 21% no 3ºTRI -, com valorização de 22,99%.

Bahia.Ba

São Francisco do Conde: Petrobras conclui venda da Refinaria Landulpho Alves para grupo dos Emirados Árabes

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Nesta terça-feira, dia 30, a Petrobras anunciou a conclusão da venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, na Bahia, e seus ativos associados para o grupo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes. Segundo a Petrobras, a operação foi concluída com o pagamento R$ 10,1 bilhões e após o cumprimento de todas as condições precedentes. O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que deve ocorrer nos próximos meses.

A refinaria baiana é a primeira das oito que estão sendo vendidas pela Petrobras a ter o processo finalizado. A Acelen, empresa criada pelo grupo Mubadala Capital para a operação, assumirá a gestão partir de 1º de dezembro. Com a venda, a RLAM passa a se chamar Refinaria de Mataripe. Após a conclusão da venda, uma fase de transição será iniciada com equipes da Petrobras apoiando a Acelen nas operações da Refinaria de Mataripe.

Essa transição ocorre por conta de um acordo de prestação de serviços, que vai evitar uma interrupção operacional. De acordo com a Petrobras, nenhum empregado será demitido por conta da transferência do controle da RLAM para o novo dono. No entanto, os empregados da Petrobras terão que optar por transferência para outras áreas da empresa ou aderir ao Programa de Desligamento Voluntário.

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