Confiança na indústria deve fechar o ano em queda

Imagem Ilustrativa | Foto: Manu Dias/ GOV-BA

O setor indústrial pode terminar o ano com o nível de confiança em queda, alerta Claudia Perdigão, economista do Instituto Ibre, da FGV. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) medido pelo FGV Ibre – recuou 3,1 pontos em novembro. Além de ser a quarta queda mensal consecutiva, o movimento ocorreu de forma disseminada, atingindo 15 dos 19 segmentos analisados.

“Essa piora decorre de uma deterioração do cenário corrente e de piora das perspectivas futuras”, esclarece a economista. “A retração da confiança ocorre em um momento em que a inflação avança, reduzindo a capacidade de compra dos consumidores, ao mesmo tempo em que o desemprego continua elevado. Soma-se a esses pontos choques de custos e gargalos de logística”, comenta Claudia Perdigão.Em novembro, o Índice Situação Atual (ISA) caiu 4,6 pontos, indo para 103,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE) caiu 1,6 ponto, marcando 100,3 pontos.

Entre os compontentes do ISA, o pior desempenho se deu no indicador nível dos estoques, o qual recuou 7,9 pontos (103,3 pontos), menor valor desde agosto de 2020. O indicador que mede a demanda total diminuiu 1,2 ponto (105,4 pontos), já o indicador que mede a situação atual dos negócios caiu 4,0 pontos (102,2 pontos). No Índice de Expectativas, o emprego previsto para os próximos meses foi o que mais influenciou na redução do ICI no mês de novembro, ao cair 4,3 pontos para 103,8 pontos, menor nível desde maio (101,5 pontos). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada cedeu 0,6 ponto percentual, para 80,7%, mas ainda se mantém como o segundo maior valor desde novembro de 2014.

Bahia.Ba

Contas externas têm saldo negativo de US$ 4,5 bilhões em outubro

Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

As contas externas tiveram saldo negativo de US$ 4,464 bilhões em outubro, informou nesta quinta-feira, dia 25, o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2020, o déficit foi de US$ 1,152 bilhão nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países. A diferença na comparação interanual se deve ao resultado do superávit comercial que reduziu US$ 2,4 bilhões, enquanto o déficit em renda primária aumentou US$ 1,3 bilhão e o déficit em serviços recuou US$ 207 milhões.

Em 12 meses, encerrados em outubro, o déficit em transações correntes é de US$ 26,704 bilhões, 1,66% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), ante o saldo negativo de US$ 23,392 bilhões (1,47% do PIB) em setembro de 2021 e déficit de US$ 23,270 bilhões (1,54% do PIB) no período equivalente terminado em outubro de 2020.

Segundo o BC, a relação déficit-PIB em 12 meses se reduziu muito em razão dos efeitos da pandemia nas atividades. Em 12 meses encerrados em fevereiro de 2020, por exemplo, período pré-pandemia, o déficit em transações foi US$ 69 bilhões ou 3,79% do PIB. Já nos dez primeiros meses do ano, o déficit é de US$ 15,783 bilhões, contra saldo negativo de US$ 13,571 bilhões de janeiro a outubro de 2020.

Agência Brasil

Indústria baiana gera 36 mil empregos nos últimos 12 meses

Foto: Manu Dias/ GOV-BA

A indústria baiana segue com saldo positivo na geração de empregos, no acumulado de janeiro a setembro de 2021. Foram mais de 36 mil novos empregos nos últimos 12 meses. A geração de postos de trabalho foi expressiva em setembro, com 3,8 mil empregos gerados, puxados pelos setores de couro e calçados; metal, exceto máquinas e equipamentos; e minerais não-metálicos. Além disso, houve o aumento de 24,11% do valor exportado no período de janeiro a outubro deste ano. Essas informações constam no Informe Executivo de Indústria, divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), nesta quinta-feira, dia 25.

O valor, em Dólar FOB, das exportações de produtos industrializados baianos subiu 24,11%, de janeiro a outubro de 2021, na comparação com mesmo período do ano anterior. Já os nos valores exportados com destaques positivos foram: minerais, com aumento de 157% no valor exportado, de US$ 212 milhões em 2020 para US$ 545 milhões em 2021; calçados, com o aumento de 122% do valor exportado, passando para US$ 48 milhões em 2021 ante US$ 22 milhões em 2020; e carne, na elevação de 109% no valor exportado, de US$ 17 milhões em 2020 para US$ 35 milhões em 2021. O segmento de calçados, couro e componentes está disperso por boa parte do interior do estado baiano, em cerca de 18 territórios de identidade.

A maior quantidade de empregos está concentrada nos territórios do Médio Sudoeste da Bahia, Portal do Sertão e Recôncavo. O Estado vem incentivando o segmento, atraindo importantes empresas âncoras, como Banor, Grendene S/A, Dass NE, Durlicouros, Paquetá Ramarim, Free Way, R Dois, dentre outras. A mais nova fábrica do setor é a Durlicouros Ind. E Com. De Couros, que começou a operar em 2021, no município de Santa Terezinha, gerando 120 empregos diretos na região do Recôncavo Baiano, com aporte de R$ 25 milhões em investimentos. São 71 empresas implantadas, o que resulta num montante de R$ 436 milhões de investimentos, gerando 35.816 mil empregos até setembro de 2021.

SDE

Chapada Diamantina: Executivos portugueses conhecem potencial vitivinícola da região

Imagem de Alexander Vollmer por Pixabay

As cidades de Mucugê e Ibicoara, na Chapada Diamantina, na Bahia, foram os destinos escolhidos pelo vice-governador e secretário do Planejamento, João Leão, para mostrar o potencial vitivinícola da região aos executivos portugueses da rede de hotéis Vila Galé e da vinícola Santa Vitória, na quarta-feira, dia 24, e nesta quinta-feira, dia 25. De acordo com o presidente do grupo, Jorge Rebelo, eles ficaram interessados em investir na região, combinando hotelaria e vinícola, além de analisar a viabilidade de um projeto para produção de azeite e azeitona.

“O vice-governador João Leão tem nos convidado pra conhecer vários projetos no interior da Bahia. Já fomos a Casa Nova, Barra e agora viemos aqui. O que encontramos aqui superou largamente nossa expectativa. O lugar é maravilhoso, esta vinícola Uvva é do nível do que há de melhor. Nós ficamos interessados em fazer aqui um tipo de parceria que vamos estudar. Nosso projeto é uma combinação entre hotelaria e vinícola. Vamos analisar se tem viabilidade para um projeto de olival para fazer azeite e azeitona”, declara Jorge Rebelo, presidente do Grupo Vila Galé e da Vinícola Santa Vitória.

A vinícola Uvva é o mais novo projeto da Fazenda Progresso, que é internacionalmente conhecida pelo café Latitude 13. O empreendimento é reconhecido também pelo cultivo de batatas. São produzidas 1,5 milhão de sacas de batatas de 50kg por ano, que são colhidas todos os dias, o ano inteiro e fornecidas para todo o Nordeste.

Seplan

Turismo na Bahia cresce 176% no segundo semestre, quase o dobro que o Brasil

O volume das atividades turísticas na Bahia cresceu 176,5% no segundo semestre de 2021, aumento que representa quase o dobro do registrado para o país, 89,8%. A receita nominal de serviço seguiu o mesmo comportamento, com crescimento de 164,2%, na Bahia e 87,7%, no Brasil. Os dados, divulgados nesta quarta-feira, dia 24, pelos órgãos oficiais em parceria com a Secretaria Estadual de Turismo (Setur), são sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

O turismo baiano foi impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo; restaurantes; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; locação de automóveis; e serviços de bufê. O fluxo de passageiros nos aeroportos da Bahia avançou 729,1% no 2º trimestre de 2021 na comparação com o 2º trimestre de 2020, impulsionado pela significativa expansão registrada nos quatro aeroportos do estado com maior movimentação de passageiros.

A taxa média de ocupação dos meios de hospedagem em Salvador foi de 31,6% no 2º trimestre de 2021, resultado superior ao observado no mesmo período do ano passado (13,9%). De acordo com a SEI, o dado é resultado da melhora do desempenho da atividade hoteleira na capital baiana devido às medidas de flexibilização das atividades econômicas, o aumento da imunização total das pessoas acima de 60 anos e dos protocolos adotados pelos estabelecimentos hoteleiros.

Setur

Após protestos e ameaça de multa, Touro de Ouro é removido da entrada da B3

Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas

Uma semana após ser instalada na frente da bolsa de valores B3, a estátua do Touro de Ouro foi removida na noite de terça-feira, dia 23. A retirada foi exibida nas redes sociais pelo seu idealizador, Pablo Spyer, sócio da XP Investimentos.

O monumento foi alvo de críticas, devido ao aumento da pobreza no país devido a pandemia, e também poderia acarretar uma multa aos responsáveis sob alegação de que ele foi colocado sem autorização dos órgãos responsáveis por zelar a paisagem urbana.

A decisão da retirada foi tomada pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), órgão da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). O colegiado entendeu que a escultura tem caráter publicitário por estar associada a uma das marcas do seu idealizador, que é presidente da empresa de educação financeira “Vai Tourinho”. Antes de ser retirado, o Touro foi embalado em plásticos. (mais…)