O presidente da China, Xi Jinping, tem se posicionado como mediador global. O líder chinês se colocou no centro da guerra entre Rússia e Ucrânia com o objetivo de tentar solucionar o conflito. Nesta segunda-feira, dia 20, ele desembarcou no país de Vladimir Putin para discutir “uma nova visão nas relações”, como escreveu num artigo publicado no jornal russo Rossiyskaya Gazeta. Embora não dê detalhes sobre como se daria a retirada das tropas russas do território ucraniano, a China já propôs acordos de paz entre os países.
O anúncio da sua visita à Rússia, na última sexta, dia 17, foi acompanhado pela declaração de que seria uma viagem “em nome da paz”. Após a reunião com Putin, é esperado que Xi Jinping faça um telefone ao presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Para o presidente chinês, está em jogo seu esforço para se apresentar como líder da ordem mundial, uma alternativa à dominação dos Estados Unidos. É um papel que Pequim vem buscando assumir para resistir ao que Xi Jinping considerou como “a contenção, o cerco e a supressão da China” por parte dos americanos.
Por outro lado, no entanto, a China nunca chegou a condenar a invasão e repete a afirmação russa de que a guerra foi provocada pela expansão da Otan. A visita de Xi será feita no momento em que se veem ainda mais sinais de polarização global em relação à Rússia. Tanto a Rússia quanto a Ucrânia veem a China como uma força de influência suficiente para romper o confronto. Mas os dois países também têm consciência de que a China pode alterar fundamentalmente a dinâmica da guerra se começar a desempenhar um papel mais direto no reabastecimento do arsenal russo.
Metro1