Senado aprova projeto de lei que restringe operações policiais em escritórios de advocacia

Senado aprova projeto de lei que restringe operações policiais em escritórios de advocacia - politica, justicaFoto: Marcos Oliveira/ Agência Senado

O Senado federal concluiu, na última quarta-feira, dia 11, a votação do projeto de lei que restringe operações policiais em escritórios de advocacia. Agora o texto vai seguir para o presidente Jair Bolsonaro. A proposta altera trechos do Estatuto da Advocacia e do Código de Processo Civil.

O projeto fixa limites e critérios para as operações de busca e apreensão em escritórios de advocacia ou em locais de trabalho de advogados. De acordo com o texto, que data de 2020, a medida judicial que violar o escritório de advocacia será determinada em “hipótese excepcional”, desde que exista fundamento e indício por parte do órgão de acusação. Caso seja o prejeto seja aprovado pelo presidente, esse tipo de operação não deve ser realizado apenas com base em declarações de delação premiada.

O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), autor do projeto, afirmou que o texto adapta o Estatuto da Advocacia “aos novos tempos, reforçando o feixe de prerrogativas agrupadas sob o epíteto ‘inviolabilidade do advogado’, que a Constituição Federal e o próprio Estatuto asseguram a esses profissionais, sempre com vistas a proteger a sociedade civil de ações arbitrárias que possam ser perpetradas pelo Estado”.

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Justiça bloqueia R$ 1 milhão para indenização a doméstica vítima de 45 anos de escravidão na Bahia

Justiça bloqueia R$ 1 milhão para indenização a doméstica vítima de 45 anos de escravidão na Bahia - justica, bahiaFoto: Reprodução/ TV Bahia

Os 45 anos de escravidão vividos por Madalena Santiago Silva, hoje com 62 anos, começaram a ser compensados a partir de decisão que garantiu bloqueio de bens no valor de R$ 1 milhão e pagamento de um salário mínimo para ela, enquanto a ação principal tramita na Justiça do Trabalho.

O caso de Madalena chocou pelo grau de humilhação a que a ex-empregada doméstica foi submetida. Sem nunca ter recebido salários e sem qualquer pagamento, foi expulsa há um ano pela filha dos patrões da casa em que morou para passar viver à própria sorte. A vítima denunciou o trabalho análogo à escravidão após ser aconselhada por conhecidos. O caso foi investigado e, no início de abril, o MPT ingressou com a ação cautelar.

No pedido, a procuradora Lys Sobral, coordenadora nacional de combate ao trabalho escravo do MPT, pediu que fossem bloqueados bens no valor de R$1 milhão para garantia das verbas rescisórias e dos danos morais que serão pedidos na ação principal. A juíza titular da 2ª vara do Trabalho de Salvador, Vivianne Tanure Mateus, acolheu integralmente os argumentos e determinou o pagamento de um salário mínimo até o julgamento da ação principal e o bloqueio dos bens.

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Moraes aplica nova multa de R$ 135 mil a Silveira por descumprimento no uso da tornozeleira eletrônica

Moraes aplica nova multa de R$ 135 mil a Silveira por descumprimento no uso da tornozeleira eletrônica - politica, justicaNa foto, Daniel Silveira | Foto: Plínio Xavier/ Câmara dos Deputados

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aplicou nesta quarta-feira, dia 11, nova multa de R$ 135 mil ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo descumprimento no uso da tornozeleira eletrônica e deu 24 horas para que a defesa se manifeste sobre o descumprimento no uso do equipamento.

O ministro já havia multado o parlamentar em R$ 405 mil pelo mesmo motivo. Segundo Moraes, o cumprimento das medidas cautelares, como a tornozeleira eletrônica, não ficou prejudicado pelo indulto concedido a Silveira pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

No dia seguinte à condenação do deputado pelo plenário do STF a oito anos de prisão, o presidente assinou um decreto perdoando a pena.

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OAB-BA divulga nota de pesar e afirma preocupação com morte de policiais militares

A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia e suas comissões de Direitos Humanos e de Direito Militar divulgaram nota de pesar, nesta segunda-feira, dia 09, diante do assassinato dos policiais Soldado Victor Vieira Ferreira Cruz, Soldado Shanderson Lopes Ferreira e Soldado Alexandre José Ferreira Menezes Silva, ocorridos neste final de semana.

“Consternada por essas perdas, a OAB-BA e suas comissões se solidarizam à Polícia Militar e às famílias dos policiais mortos, comprometendo-se em acompanhar as investigações, inclusive cobrando celeridade, para que os acusados sejam apresentados à Justiça o mais rápido possível”, diz entidade em nota.

Ainda segundo o documento, as circunstâncias das mortes atraem forte comoção e preocupação da OAB da Bahia, bem como das referidas comissões, frente à crescente violência. A entidade afirma que é imprescindível a atenção e cuidado com a segurança dos profissionais da segurança pública, sob pena de grave violação aos Direitos Humanos que atinge a sociedade como um todo.

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Investigados em operações policiais podem ser promovidos a desembargador do TJ-BA

Investigados em operações policiais podem ser promovidos a desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Em primeiro lugar na lista de antiguidade para ser novo desembargador do TJ-BA, Edson Ruy Bahiense é investigado pela Operação Inventário, que apura fraudes em processos judiciais em trâmite no Poder Judiciário baiano, supostamente praticadas por organização criminosa formada por advogados, serventuários e particulares responsáveis por falsificação de documentos.

Já, em segundo lugar, está Cassinelza da Costa Santos Lopes, que é investigada na Operação Faroeste. Segundo os investigadores, a magistrada e o promotor de Justiça, Alex Moura Santos, teriam atuado de forma irregular em um processo de usucapião, que tramitava na comarca de São Desidério, no Oeste da Bahia.

A expectativa é que, na próxima segunda-feira, dia 09, o Conselho da Magistratura se reúna para validar a lista de antiguidade. Na quarta-feira, dia 11, o novo desembargador do TJ-BA deve ser escolhido.

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Alexandre Moraes multa deputado Daniel Silveira em R$ 405 mil

Alexandre Moraes multa deputado Daniel Silveira em R$ 405 mil - politica, justicaFoto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes multou nesta quarta-feira, dia 03, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) em R$ 405 mil pelo descumprimento do monitoramento por tornozeleira eletrônica. Para cumprir a decisão, o ministro determinou o bloqueio das contas bancárias do deputado e o envio de ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para que seja feito o desconto do valor no salário do parlamentar.

Além da multa, Moraes determinou ainda que Silveira está proibido de usar as redes sociais e de conceder entrevistas. Continuam valendo as medidas que foram determinadas anteriormente contra o deputado, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se ausentar do Rio de Janeiro, exceto no deslocamento para Brasília, além da proibição de comparecer a eventos públicos. De acordo com Moraes, Silveira desrespeitou as medidas de monitoramento por 27 vezes ao deixar de carregar o equipamento.

​​​​​”As condutas do réu, que insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos e referendadas pelo plenário do STF revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judiciário, comportamento verificado em diversas ocasiões durante o trâmite desta ação penal e que justificaram a fixação de multa diária para assegurar o devido cumprimento das decisões desta Corte”, escreveu.

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