Barroso defende prisão em segunda instância

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso disse sexta-feira (29) que a eventual revogação, por parte do Supremo, da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância será “um passo atrás” no combate à criminalidade.

“Torço para que não haja essa decisão”, afirmou. Em outubro de 2016 o STF decidiu, por 6 votos a 5, que a pena pode começar a ser cumprida após condenação em segunda instância, mesmo que a decisão não tenha transitado em julgado.

Naquela ocasião, Barroso já votou a favor da prisão, decisão que sempre apoiou. No próximo dia 10 de abril, segundo a Estadão, o STF deve apreciar novamente o tema. Barroso fez uma palestra no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), durante evento promovido pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj).

Além de se manifestar sobre a prisão após condenação em segunda instância, Barroso criticou o que chamou de “cultura arraigada” de corrupção em negociações envolvendo o poder público. “As pessoas naturalizaram o (comportamento) errado”, lamentou.

Bahia.ba

STF julga constitucional lei que permite sacrifício de animais em rituais religiosos

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou, por unanimidade, que é constitucional o sacrifício de animais em rituais religiosos. O julgamento havia sido suspenso em agosto do último ano e foi retomado nesta quinta-feira (28) após um pedido de vista.

Os ministros julgaram a validade de lei do Rio Grande do Sul que trata do sacrifício de animais em ritos das religiões de matriz africana. Apesar de tratar de um caso específico, a jurisprudência pode ser aplicada em casos semelhantes de todo o país.

O relator no STF, ministro Marco Aurélio, entendeu que não há espaço para a supressão de rituais religiosos. Ele votou a favor do sacrifício de animais para todas as religiões, não apenas as de matriz africana. Os demais ministros seguiram o mesmo entendimento.

Bahia Noticias

Flávio Bolsonaro quer maioridade penal de 14 anos para crimes hediondos e tráfico

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) apresentou uma proposta de emenda à Constituição que sugere a redução da maioridade penal para 14 anos em casos de crimes hediondos, tortura, tráfico de entorpecentes e drogas, terrorismo, organização e associação criminosa. Apresentado ao longo da semana, o texto chegou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nessa quarta-feira e já conta com 32 assinaturas de senadores de 11 partidos.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a proposta dele também pretende alterar a legislação para que a maioridade penal para os demais tipos de crimes seja aos 16 anos, não aos 18 como é hoje.

“Asseverar de forma generalizada que adolescentes não possuem discernimento sobre seus atos, sobretudo aqueles emanados com extrema violência e crueldade, não passa de discurso irresponsável, hipócrita e com viés ideológico. A redução da maioridade é tendência a ser adotada, principalmente, em países desenvolvidos”, defende o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Flávio acredita que essa medida “certamente iria gerar uma diminuição da quantidade de crimes cometidos” por adolescentes com idades a partir dos 14 anos.

Bahia Noticias

Detran revoga portaria que previa inspeção semestral para veículos de transporte escolar

Por recomendação do Ministério Público (MP-BA), o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA) revogou uma portaria que previa a inspeção semestral dos veículos do transporte escolar.

O MP-BA entendeu que o serviço já passa pela vistoria das prefeituras, que é quem regulamenta a atividade, não se justificando outra avaliação por parte do órgão estadual. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) se manifestou também contra a portaria, por meio do ofício 026/2018.

O Detran-BA manteve a exigência do Certificado de Segurança Veicular para o licenciamento de vans e utilitários que passaram por mudança de características ou categoria. O documento é fornecido por entidades credenciadas ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Bahia Noticias

Loja Renner retira camisa inspirada em cultura mexicana por boicote

Loja Renner retira camisa inspirada em cultura mexicana por boicote - brasilFoto: Reprodução/ Twitter20

Um mal entendido fez a loja Rennner retirar uma das estampas da sua coleção de t-shirts. Desde o início da semana, alguns religiosos promoveram um “boicote” à marca, por entenderem que o desenho da “Santa Muerte”, figura simbólica na cultura mexicana, era uma ofensa à “fé cristã”: “A @Lojas_Renner acredita que pode menosprezar a fé cristã estampando uma ‘Nossa Senhora mortificada’”, disse o usuário identificado como Professor Igor.

A insatisfação se alastrou pela rede social e muitas outras pessoas passaram a publicar com a hashtag “#BoicoteRenner”. “Que feio Renner! Faça do Maomé para você! Os terroristas muçulmanos podem até jogar uma bomba nas lojas de vocês! Sou católica praticante e detestei isso!”, disparou uma internauta. Com a repercussão, a Renner continuou na tentativa de explicar a situação, mas sem sucesso.” Talvez falte a vocês a boa fé de fazer o link com a frase ao redor da camisa: “Entre mentiras e verdade sobre a vida e a morte”. Se a inspiração fosse genuína a legenda seria: “Santa Muerte”, emendou Professor Igor.

Nesta quinta-feira (27), a loja de vestuário respondeu a todos que se sentiram ofendidos. A marca defendeu que jamais teve a “intenção” de “desrespeitar a crença” dos seus clientes e confirmou que iniciou a retirada das peças. “Olá! Tudo bem? Sentimos muito que a estampa tenha desagradado; não foi nossa intenção desrespeitar a crença de nossos clientes, por isso, já iniciamos a retirada dos produtos nas nossas lojas.”

Bahia.Ba

Procuradores apontam ‘graves violações’ do Governo Federal ao comemorar ditadura

Procuradores apontam 'graves violações' do Governo Federal ao comemorar ditadura - brasilArte: Divulgação

O Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público (CNPG), em nota, aponta graves violações caso ocorra a comemoração oficial ao golpe militar de 1964 pelo Governo Federal. O órgão confia que as Forças Armadas obedecerão às previsões da Constituição Federal de 1988. A nota é subscrita pelos chefes do Ministério Público do país, dentre eles a procuradora-geral de Justiça da Bahia e presidente do Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) do CNPG, Ediene Lousado.

A nota lembra que a Lei 12.528/2011 proíbe a realização de eventos oficiais em comemoração ao golpe militar de 1964. Diz ainda que as investigações realizadas pela Comissão Nacional da Verdade comprovam que “a ditadura instaurada através do golpe de Estado de 1964 foi responsável pela ocorrência de graves violações de direitos humanos, perpetradas de forma sistemática e em função de decisões que envolveram a cúpula dos sucessivos governos do período”, concluindo-se que “essa realidade torna incompatível com os princípios que regem o Estado democrático de direito a realização de eventos oficiais de celebração do golpe militar, que devem ser, assim, objeto de proibição”.

O CNPG reforça que é preciso ter respeito ao direito à memória e à verdade, e que a República brasileira deve obedecer até mesmo determinações do Sistema de Proteção dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), e ser contra qualquer ato do Executivo Federal que autoriza despesas públicas relacionadas aos “eventos oficiais de celebração do golpe militar”.

Bahia Noticias