ARTIGO: Preços de imóveis seguem em alta no Brasil

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Por Gerson Oliveira Filho.

Os preços dos imóveis seguem em alta no Brasil, e a um ritmo que supera a inflação. Segundo o mais recente levantamento do FipeZap, o valor médio de venda acumulou alta de 3,93% entre janeiro e julho, frente a uma inflação de 3,33% (IPCA) no mesmo período. Das 56 cidades monitoradas, 55 tiveram alta. No recorte de 12 meses, o aumento médio já chega a 7,31%.

Esse aumento no valor dos imóveis, somado à recente alta da taxa Selic, compõe um cenário de crédito mais difícil. Financiamentos ficam mais caros, e o caminho natural para uma parte da população é adiar a compra e permanecer no aluguel. Ou seja, o mercado de locação continua aquecido, mas com um novo desafio à vista.

O que as imobiliárias devem fazer agora? Com esse cenário, vejo como primordiais duas ações a serem tomadas neste momento:

  • Incentivar a substituição de contratos com fiador por garantias mais eficazes (o mercado já mostra que a confiança no fiador vem caindo)
  • Educar os clientes (locadores e inquilinos) sobre os benefícios da garantia paga (mostrar que ela oferece segurança contratual real para o proprietário e agilidade para o inquilino)
  • Para quem atua no mercado, a escolha é clara: fiança paga é proteção, para o proprietário, para a imobiliária e para o ecossistema como um todo.

Gerson Oliveira Filho é diretor comercial da Loft.

texto: Portas.

ARTIGO: 10 mitos e verdades sobre o DIU que você talvez não sabia

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Por Carla Cooper – médica ginecologista.

O DIU (Dispositivo Intrauterino) é um dos métodos contraceptivos mais eficazes e duradouros disponíveis atualmente. No entanto, apesar de sua popularidade crescente, ainda há muitas dúvidas e informações equivocadas circulando por aí. Para esclarecer o que é fato e o que é mito, a médica ginecologista Carla Cooper, responde às principais dúvidas sobre o tema:

  1. O DIU é só para quem já teve filhos.

Mito. ‘O DIU pode ser utilizado por mulheres que nunca engravidaram. O mais importante é passar por uma avaliação médica para ver se o método é adequado ao perfil da paciente’, explica a ginecologista.

  1. O DIU pode causar infertilidade.

Mito. Não há evidências científicas que relacionem o uso do DIU à infertilidade. ‘A fertilidade é retomada logo após a retirada do dispositivo’, afirma a médica.

  1. Existem DIUs com e sem hormônio.

Verdade. Há dois principais tipos de DIU: o de cobre (sem hormônio) e o hormonal (libera progestagênio). Ambos são altamente eficazes.

  1. O DIU aumenta o risco de infecções.

Mito. O risco de infecção é maior apenas nas primeiras semanas após a inserção, mas é muito baixo quando o procedimento é feito com higiene e por um profissional capacitado. Ao ser descartado sinais de infecção ginecológica durante o exame físico, imediatamente antes da inserção do DIU.

  1. O DIU pode se deslocar dentro do útero.

Verdade. Isso pode acontecer em casos raros, especialmente nos primeiros meses. Por isso, o acompanhamento médico é importante.

  1. Mulheres com fluxo intenso não podem usar DIU.

Parcialmente verdade. ‘O DIU de cobre pode aumentar o fluxo menstrual, então, nesses casos, o modelo hormonal pode ser mais indicado. O ginecologista deve avaliar’, recomenda a especialista.

  1. O DIU pode ser usado como contraceptivo de emergência.

Verdade. ‘O DIU de cobre e cobre com prata pode ser inserido em até 5 dias após a relação desprotegida e tem mais de 99% de eficácia’, explica a médica.

  1. O DIU interfere no prazer sexual.

Mito. O DIU fica dentro do útero, e não interfere nas sensações durante a relação sexual.

  1. O DIU é um método permanente.

Mito. Ele é de longa duração, mas totalmente reversível. Pode ser retirado a qualquer momento, com retorno imediato da fertilidade.

  1. O DIU está disponível gratuitamente pelo SUS.

Verdade. O DIU de cobre pode ser inserido gratuitamente em unidades básicas de saúde. ‘Esse acesso é um direito e deve ser mais divulgado’, finaliza Carla.

Falar sobre contracepção com clareza e responsabilidade é fundamental para que mais mulheres possam tomar decisões informadas sobre seu corpo e sua saúde reprodutiva. Desmistificar o uso do DIU e ampliar o acesso a informações seguras é um passo importante para garantir mais autonomia, bem-estar e liberdade de escolha para todas.

*Carla Cooper é médica ginecologista e parceira da DKT South America, organização dedicada à promoção da saúde sexual e reprodutiva.

Texto: Giovanna Rebelo Alves/ DKT South America.

ARTIGO: A importância do pai na criação de filhos autistas

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De acordo com o Censo de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 2,4 milhões de pessoas que declararam ter recebido o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente conhecido como autismo. Isso equivale a 1,2% da população brasileira, com condições do neurodesenvolvimento que afetam a comunicação, o comportamento e as interações sociais.

O diagnóstico precoce e o suporte adequado são fundamentais para essas pessoas, mas tão importante quanto qualquer intervenção clínica é o papel da família — especialmente da figura paterna. Para o professor e especialista em inclusão Nilson Sampaio, o envolvimento real do pai impacta diretamente o desenvolvimento das crianças autistas.

‘Muito mais do que ‘ajudar’ a parceira ou o parceiro, as crianças carecem de pais que desempenhem ativamente o seu papel. Pais que assumem responsabilidades nas atividades diárias, que priorizam o bem-estar físico e psicológico de seus filhos e que os orientam em sua trajetória de formação’, destaca.

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ARTIGO: Mulher que dedica a vida à criação dos filhos e à gestão da casa segue invisível

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Por Renê Freitas – advogado.

Poucas coisas são tão desvalorizadas na sociedade quanto o trabalho de cuidado. Em um mundo que mede valor pelo que está no contracheque ou no LinkedIn, quem dedica a vida à criação dos filhos e à gestão da casa segue invisível e, não raro, descartada. É o que ocorre com muitas mulheres que, após anos de dedicação exclusiva à família, enfrentam um ‘apagão’ no currículo e veem portas se fecharem ao tentar retornar ao mercado de trabalho.

Segundo o IBGE, elas gastam, em média, 21,3 horas semanais com afazeres domésticos, quase o dobro dos homens (11,7h). Esse desequilíbrio se reflete diretamente na empregabilidade feminina. No terceiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior do que entre os homens. É uma realidade cruel: quem sustentou a estrutura familiar durante anos, muitas vezes sem qualquer remuneração, se vê obrigada a recomeçar do zero — com menos tempo, menos oportunidades e menos apoio.

Essas mulheres não são ‘inativas’, como o mercado gosta de rotular. Elas são gerentes de crise, administradoras de tempo, cuidadoras em tempo integral. Mas não há campo no currículo que aceite essas funções. O preconceito, somado à desatualização técnica e ao etarismo, cria um funil quase intransponível. Muitas não conseguem emprego nem para pagar um curso que atualize suas competências. É nesse contexto que a pensão alimentícia para ex-cônjuges se apresenta não como um ‘benefício’, mas como uma medida de justiça. (mais…)

ARTIGO: Colesterol alto atinge mais de 40% dos brasileiros adultos

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Por Darcy de Almeida Neto – cardiologista.

O colesterol alto atinge cerca de 4 em cada 10 brasileiros adultos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A condição é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares como infarto e AVC, que continuam liderando o ranking de mortes no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.

O cardiologista Darcy de Almeida Neto reforça a importância da prevenção e do controle regular dos níveis de colesterol, especialmente o LDL, conhecido como o ‘colesterol ruim’.

‘Muitas vezes, o paciente não apresenta nenhum sintoma. Só descobre que está com colesterol alterado após um evento grave, como um infarto. Por isso, manter os exames em dia é tão importante quanto ter uma alimentação saudável’, disse Neto. (mais…)

ARTIGO: Maior perigo pro produtor rural da alienação fiduciária é perder fazenda sem processo judicial

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CUIDADO: A maioria dos contratos de alienação fiduciária são redigidos com cláusulas desequilibradas favorecendo amplamente o banco. LEIA ATÉ O FINAL PARA ENTENDER!

A alienação fiduciária de imóvel rural, apesar de ser uma ferramenta amplamente utilizada para obtenção de crédito no setor agropecuário, pode representar riscos jurídicos significativos para o produtor rural, especialmente no que diz respeito à perda da propriedade do imóvel em caso de inadimplemento.

A alienação fiduciária é um negócio jurídico de garantia, previsto na Lei n. 9.514/1997, em que o devedor (fiduciante) transfere ao credor (fiduciário) a propriedade resolúvel de um bem imóvel, como garantia do cumprimento de uma obrigação, geralmente o pagamento de uma dívida. Durante o contrato, o devedor mantém a posse direta do imóvel, podendo usá-lo normalmente, mas a propriedade plena pertence ao credor até o pagamento integral da dívida.

O maior perigo jurídico para o produtor rural está na execução extrajudicial da garantia prevista na Lei 9.514/1997, que pode resultar na perda do imóvel sem necessidade de processo judicial. Se a dívida se vence e não é paga, o produtor é notificado pelo oficial do cartório de registro de imóveis onde está registrado o contrato de alienação fiduciária, que o intimará para que, no prazo de 15 dias, purgue a mora, isto é, pague a dívida em atraso com os respectivos encargos. (mais…)