ARTIGO – Paternidade tardia é uma realidade mas requer planejamento

ARTIGO - Paternidade tardia é uma realidade mas requer planejamento - saude, artigosImage by PublicDomainPictures from Pixabay

Agosto chegou e, com ele, uma das celebrações mais simbólicas do Brasil: o dia dos pais. Muitos homens já comemoram a conquista de uma família daquele jeito que sempre imaginaram, mas outros ainda estão na batalha. E para estes últimos, em especial, é que o Dr. Fábio Vilela, médico do IVI Salvador, especialista em Reprodução Humana, traz dicas importantes.

Um dos termos mais debatidos – e ouvidos – nos últimos tempos é a Paternidade Tardia. Ela já é uma realidade em muitos países e também no Brasil. Mas o especialista reforça que é necessário um planejamento para que o homem possa ser pai depois de uma determinada idade, sem correr riscos e também sem oferecer riscos ao bebê.

Isso porque já existem evidências de que a idade avançada do pai pode ser a causa de alguns problemas. Abortos, malformações congênitas e problemas específicos do comportamento (como autismo e esquizofrenia), entram nessa lista. Como resultado, os pesquisadores alegam que mutações espontâneas acumuladas no DNA do esperma, devido ao envelhecimento do homem, seriam as grandes responsáveis pelos problemas provocados nos bebês. (mais…)

Especialista dá dicas sobre como envelhecer de forma saudável

Especialista dá dicas sobre como envelhecer de forma saudável - saude, artigosImagem Ilustrativa de StockSnap por Pixabay

Celebrado no dia 26 de julho, o Dia dos Avós é uma data para comemorar a existência daqueles que tanto cuidou, e hoje necessita de cuidados para que tenham uma vida longa e saudável.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Brasil vive um cenário de envelhecimento populacional, com um aumento de 29,5% neste grupo etário (mais de 60 anos) somente de 2012 a 2019. Isso mostra que, com o envelhecimento populacional, e o percentual de pessoas idosas cada vez mais elevado, ter conhecimentos básicos para chegar a velhice de forma saudável é essencial.

O envelhecimento faz parte do fluxo natural da vida, mas para se ter uma velhice tranquila, longe de doenças e acidentes em consequência de quedas entre outros riscos que o avançar da idade pode trazer, é necessário a adoção de hábitos saudáveis.

O médico geriatra Francisco Tapioca, explica que o ponto principal para manter uma vida mais saudável é se manter otimista e viver o dia a dia cultivando bons hábitos. Realizar atividade física, ter uma alimentação mais saudável e preservar um bom ritmo de sono de qualidade, são algumas práticas apontadas pelo médico que contribuem para preservar a saúde. (mais…)

ARTIGO – É preciso refundar o país para dar dignidade aos brasileiros

ARTIGO - É preciso refundar o país para dar dignidade aos brasileiros - artigosNa foto, Samuel Hanan | Reprodução/ Video

Por Samuel Hanan – engenheiro 

Viver é melhor que sonhar, cantava Elis Regina, a grande intérprete da MPB. Há verdades na bela composição de Belchior, porém é possível sonhar com uma vida melhor, o que o povo brasileiro merece. Qual o habitante deste país que não gostaria de ter saúde pública mais digna, com a expansão das unidades do SUS, melhor remuneração dos médicos e demais profissionais da área, menos filas, atendimento humanizado?

Quem, entre os 213 milhões de brasileiros não ficaria feliz com educação de qualidade, professores com remuneração justa, unidades escolares modernas e confortáveis, sem falta de vagas nas creches, nas pré-escolas e no ensino fundamental, e acesso amplo ao ensino público superior?

É possível imaginar algum descontente se o déficit habitacional de 6 milhões de casas fosse zerado em poucos anos, com a construção de moradias dignas, construídas em locais adequados, servidas por transporte público, redes de água e esgoto, rede wi-fi e energia fotovoltaica (que representaria economia de 10% do valor do salário-mínimo), e subsidiadas em 90% de seu custo?

Qual cidadão não comemoraria o aumento significativo na segurança pública a garantir-lhe tranquilidade quanto ao seu patrimônio e à sua vida e de sua família, por meio de maior controle das fronteiras, da malha fluvial, dos portos e aeroportos (homologados e clandestinos), portas de entrada de armas, munições e drogas? (mais…)

ARTIGO: Não podemos naturalizar a violência contra a pessoa idosa

ARTIGO: Não podemos naturalizar a violência contra a pessoa idosa - artigosImagem Ilustrativa de StockSnap por Pixabay

Por Fabiana da Silva Prestes – professora

A violência contra a pessoa idosa é um fenômeno cada vez mais frequente, principalmente, nas relações sociais e interpessoais. Em geral, nas situações de violência, o idoso está vulnerável, pois o agressor coloca-se em um lugar de poder, subjugando, assim, a vítima. Detectar situações de violência nem sempre é uma tarefa fácil, por essa razão muitas situações ocorrem de forma velada.

Segundo dados do Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, só no primeiro semestre de 2021 foram registradas mais de 33,6 mil denúncias de violação de direitos dos idosos. E na maioria dos casos, a violência é praticada dentro de casa. Os idosos são a segunda parcela da população mais vulnerável à violência, atrás apenas de crianças e adolescentes. Prevalece a violência psicológica, seguida da violência financeira, da negligência e da violência física.

É necessário compreender e reconhecer que a vulnerabilidade do idoso ocorre, muitas vezes, porque ele está doente, sem autonomia e independência, ficando  à mercê de um agressor, que sabe disfarçar os sinais da violência praticada. Ou no convívio familiar e social onde a violência tem sido cada vez mais naturalizada. Como se o simples fato de envelhecer tornasse normal o indivíduo perder seus direitos, o respeito e a dignidade. Como um cidadão que já fez o seu papel e se tornou descartável. (mais…)

ARTIGO: Infarto silencioso não tratado aumenta risco de morte por novas ocorrências

ARTIGO: Infarto silencioso não tratado aumenta risco de morte por novas ocorrências - saude, artigosNa foto Paulo Roberto Souza | Divulgação

Por Paulo Roberto Souza – cardiologista e ecocardiografista

O infarto silencioso do miocárdio é muito mais comum do que se imagina. Pesquisas revelam que quase metade dos casos podem não apresentar os sintomas clássicos: dor intensa e prolongada no peito, com sensação de ardência ou aperto, que irradia pelo braço esquerdo até o pescoço ou mandíbula, acompanhada ou não de suor excessivo, palidez, náuseas, vômitos e aumento na frequência cardíaca. Por esta razão, a doença pode permanecer desconhecida e não tratada, o que amplia o risco de morte em uma possível nova ocorrência e complicações como a insuficiência cardíaca. Pacientes com colesterol alto, fumantes, diabéticos, hipertensos, obesos, sedentários, pessoas com histórico familiar, depressão ou quadros agudos de estresse tem maior chance de ter infarto, sendo a forma “ silenciosa” mais comum em mulheres, idosos e diabéticos. Quanto antes o diagnóstico for confirmado, mais precoce o tratamento realizado para evitar novos episódios e suas possíveis complicações.

Também conhecido como ataque cardíaco, o infarto é a morte das células de uma região do músculo do coração devido à formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa. Sua principal causa é a aterosclerose, acúmulo de placas de gordura no interior das artérias coronárias. Na maioria dos casos, o infarto ocorre quando uma dessas placas se rompe, formando o coágulo, interrompendo o fluxo sanguíneo e diminuindo a oxigenação das células do miocárdio. As doenças cardiovasculares são líderes de mortalidade no Brasil e no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e cerca de 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o infarto agudo do miocárdio estão entre as principais causas de morte no país.

O diagnóstico de infarto silencioso costuma surpreender os pacientes que, geralmente, chegam ao consultório do cardiologista sem uma queixa muito específica. Segundo o cardiologista e ecocardiografista baiano Paulo Roberto Souza, o que muitos  relatam são sintomas atípicos, como falta de ar e cansaço para realizar esforços. Outros pacientes se encontram completamente sem sintomas. Contudo, “através de exames simples, como eletrocardiograma e ecocardiograma, conseguimos identificar alterações no coração que sugerem um quadro de infarto anterior. A partir daí, iniciamos uma investigação mais detalhada em que, muitas vezes, se descobre que o paciente, de fato, teve o tipo ‘silencioso’ da doença. Quando isso ocorre, iniciamos o tratamento com brevidade, inclusive para prevenir novas ocorrências”, explicou. (mais…)

Tributarista comenta a aprovação da lei do ICMS: “Estados nunca respeitaram o princípio da seletividade”

Tributarista comenta a aprovação da lei do ICMS: “Estados nunca respeitaram o princípio da seletividade” - direito, artigosImagem de Michal Jarmoluk por Pixabay

Professor e Doutor em Direito Tributário, André Félix Ricotta de Oliveira explica que a lei complementar nada mais fez do que acompanhar a decisão do STF, uma vez que os estados já cobravam o imposto de forma discricionária

Após ser aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, o Projeto de Lei Complementar 194/2022 estabeleceu que os combustíveis (diesel, gasolina e gás natural), a energia elétrica, as comunicações e os transportes coletivos são itens essenciais “para fins de tributação”. Com isso, estados e o Distrito Federal ficam impedidos de cobrar mais de 17% ou 18% de ICMS sobre esses bens e serviços. Esse percentual é inferior ao cobrado para os demais itens, considerados “supérfluos”.

O advogado, professor e Doutor em Direito Tributário André Félix Ricotta de Oliveira, sócio do escritório Félix Ricotta Advocacia, explica que, como o ICMS é regido pelo princípio da seletividade, quanto mais essencial o produto, menor deve ser a incidência do imposto sobre a mercadoria ou sobre o serviço sujeito ao imposto. “O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu, recentemente, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 714.139/SC – Repercussão Geral tema 745, que energia elétrica e telecomunicações são bens e prestações de serviços essenciais, então a lei complementar nada mais fez do que acompanhar a decisão do STF, obrigando os estados a respeitarem o princípio da seletividade, o que nunca fizeram. Os estados já cobravam de forma discricionária”, afirma.

Quanto ao veto de qualquer compensação aos Estados, o especialista explica que os produtos essenciais têm uma tributação mais razoável e isso tem previsão constitucional. “O Supremo Tribunal Federal reconhece, não caberia à união fazer uma compensação, uma vez que os estados e o distrito federal já deviam tributar dessa forma desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, então existe uma questão anterior, os estados desrespeitavam o ICMS, estabelecendo alíquotas de forma discricionária, sem respeitarem a essencialidade das mercadorias ou das prestações de serviços”. (mais…)