O colesterol alto, também conhecido como hipercolesterolemia, é amplamente associado a doenças cardiovasculares, como ataque cardíaco e Acidente Vascular Cerebral (AVC). No entanto, os efeitos nocivos vão muito além, afetando diversos órgãos do corpo. É importante destacar que a doença, geralmente, é uma condição “silenciosa”, sem apresentar sintomas evidentes, o que torna necessária uma atenção especial. Inclusive, essa é uma das razões pelas quais é celebrado nesta terça-feira, 8, o Dia Mundial de Combate ao Colesterol, criado pela Federação Internacional do Colesterol (ISA, em inglês).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), quatro a cada 10 pessoas no país possuem taxas de lipídio elevadas, o que acende um alerta para a necessidade de cuidado com essa condição. A médica endocrinologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Thaisa Dourado Guedes Trujilho, informa que “a elevação do colesterol pode ter uma causa primária a um distúrbio genético ou secundária, onde a dislipidemia (nível elevado de lipídio) é decorrente de algumas doenças, estilo de vida inadequado ou uso de medicamentos. Neste caso, é importante reconhecer os fatores responsáveis pela elevação do colesterol para avaliar a abordagem mais adequada”.
Ela explica ainda a diferença entre o HDL (Lipoproteína de alta densidade) e o LDL (Lipoproteína de baixa densidade), avaliados nos exames para identificar as taxas de colesterol no indivíduo: “As partículas de HDL são formadas no fígado, no intestino e na circulação, e são responsáveis pelo transporte do colesterol dos tecidos periféricos até o fígado, circuito conhecido como transporte reverso do colesterol. A HDL também tem outras ações que contribuem para a proteção do leito vascular contra a aterogênesse (desenvolvimento de placas gordurosas). Já o LDL é uma lipoproteína rica em colesterol e seu acúmulo no organismo resulta em hipercolesterolemia, sendo prejudicial para o organismo”. (mais…)