ARTIGO: Como lidar com uma criança com pensamentos suicidas

ARTIGO: Como lidar com uma criança com pensamentos suicidas - noticias, destaque, artigosFoto: Pixabay

Por Jocinere Soares

As estatísticas têm mostrado que o número de pessoas com depressão e pensamentos suicidas vem crescendo assustadoramente, sobretudo no Brasil e esse índice é muito grande entre os jovens. E a pergunta que sempre surge é: O  que está acontecendo com os jovens?  Essa realidade está distante de nós, só vemos nas reportagens, nos noticiários? e a resposta é não. Essa realidade está a nossa volta, em todos os lugares.

O número de jovens que estão em conflitos interiores é muito grande e essa realidade vem desencadear também nas escolas. É lá que alguns alunos/ jovens pedem socorro. E nós, profissionais da educação, não podemos ignorar por exemplo quando vemos um aluno cabisbaixo, tristonho ou com sinais de automutilação. Uma simples palavra, um abraço, o ouvir,  podem reverter a cena.

Atuando como psicopedagogoga institucional numa escola da rede municipal de Santo Antonio de Jesus, pude comprovar a carência afetiva em que muitos jovens se encontram, iam em busca da psicóloga, mas devido à urgência não poderiam esperar os próximos dias. Quando paramos para ouvir são relatos que geralmente estão relacionados à carência afetiva familiar – pais que não dialogam com seus filhos; já não têm tempo devido à correria do dia a dia ou até culpam pelo relacionamento mal sucedido e no entanto gerou um fruto: um(a)filho(a) e isso desencadeia na mente dos jovens conflitos que levam à automutilação, a pensamentos suicidas.

Quando paramos para ouvir o relato de uma criança com 11/12 anos com pensamentos suicidas, braços automutilados é assustador. E a pergunta: seus pais sabem, já viram? / e a resposta: “eles não se importam comigo.”, dentre outras respostas seguidas de choro.

Logicamente que conflito familiar não é a única causa dos males que tem acometido os jovens, os fatores são diversos: a influência das redes sociais “os amigos virtuais”, que acabam substituindo o convívio social; o isolamento social; não saber lidar com as frustrações, com as perdas, baixa autoestima, etc.

Se faz necessário que os pais voltem mais o olhar para seus filhos, analisem o que eles estão assistindo, quem são seus amigos reais ou virtuais; dialoguem em família; tenham momentos de lazer em família; vá até a escola para saber como está a vida escolar de seu filho. Pais presentes fazem a diferença na vida de seus filhos. E estejam atentos aos seus filhos. Há jovens que pedem socorro e os pais não estão percebendo. Realidade assustadora.

Jovens que se automutilam estão sinalizando conflitos internos; jovens com sintomas depressivos estão sinalizando que precisam de ajuda e essa ajuda as vezes é preciso a atuação de um  profissional: psicólogo/ psiquiatra- profissionais que tratam das questões do psicológico/mente.

Segundo pesquisas boa parte dos jovens que se suicidam está relacionada à depressão e eles geralmente emitem sinais nas falas de maneira contínua, como “ não quer mais viver”,  “a vida perdeu o sentido”; “dormir para nunca mais acordar”, etc.

É necessário a prevenção, a informação.  Uma mão estendida, uma palavra amiga,  pode ajudar muito a salvar uma vida e convencê-la a buscar ajuda profissional!

Sobre a autora:

Jocinere Soares – colunista do Tribuna do Recôncavo, é pedagoga, pós graduada em psicopedagogia clínica e institucional e graduada em matemática.

Artigo produzido com exclusividade para o Tribuna do Recôncavo

Dezembro Verde: Você sabia que existe um mês de conscientização contra o abandono de animais?

Dezembro Verde: Você sabia que existe um mês de conscientização contra o abandono de animais? - artigosNa foto: Odemar Lúcio | Crédito: Arquivo Pessoal

Por Odemar Lúcio

O abandono de animais ocorre durante todo o ano e dados apontam um aumento considerável nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, visto que, nessa época tem-se uma maior busca por bichos de estimação para aquisição e para presentear amigos e familiares, essa prática contribui para o quadro de abandono, pois muitos dos animais vão parar nas ruas por não ser de fato o presente desejado. Outro fator que influencia nesta problemática é que nesse período os donos saem de férias e por muitas das vezes deixam seus animais para trás.

Pensando nisso ativistas da causa animal criaram o Dezembro Verde para conscientizar as pessoas sobre estas ocorrências, e mesmo diante da explicita necessidade a campanha é mantida quase que em anonimato, tratada como sem importância, e dessa forma boa parte da população nem sabe de sua existência. Por isso minha motivação em escrever este artigo!

Ao que consta, dezembro foi escolhido porque no dia 10 desse mês ocorre o Dia Internacional dos Animais, e a cor verde é uma forma de reafirmar a questão ambiental, já que a campanha engloba todos os tipos de animais. O abandono de animais é considerado crime no Brasil, entretanto, sabe-se que esta infelizmente é uma realidade nossa. Esta prática além de ser um ato de extrema crueldade é também um problema de saúde pública e que demanda atenção especial por parte do poder público e da sociedade, atenção esta que de modo geral não vem sendo recebida. (mais…)

Artigo: EXISTE PENA DE MORTE NO BRASIL?

Há poucos anos, um brasileiro que tentava entrar com 13,4 kg de cocaína na Indonésia foi condenado à morte e executado naquele país. Já no Brasil, incluindo as pequenas cidades e o campo, a violência é um problema delicado, fonte de tragédias e prejuízos às vidas de incontáveis famílias. Frequentemente, após a prática de um crime bárbaro, nossa sociedade fica horrorizada, e o tema da pena de morte volta à tona. Contudo, surgem algumas indagações: a lei brasileira ainda prevê a pena de morte? A pena de morte é a melhor estratégia punitiva para proteger a sociedade? Matar um criminoso é agir com justiça?

De logo, é interessante registrar, brevemente, como tal tema é tratado no “estrangeiro”: Em França, apenas recentemente (em 1981), revogou-se a pena de morte praticada por meio da guilhotina. Por outro lado, a pena de morte ainda é aplicada em cerca de 90 países. Vários desses, considerados desenvolvidos e democráticos. Nos Estados Unidos, tal punição é aplicada por 37 Estados, e, entre 1930 e 1996, 4.220 prisioneiros foram executados por lá. Mundo afora, em 2014, pelo menos 607 condenados foram executados, sendo Irã (289), Arábia Saudita (90), Iraque (61) e EUA (35), os países que mais aplicaram a pena capital no referido ano.

Já em relação ao Brasil, no período colonial, por de mais de 200 anos, vários crimes comuns e militares tiveram a pena de morte como punição. Após a nossa independência, o Código Criminal do Império brasileiro ainda manteve a pena de morte para crimes comuns, com execução pela forca, até o ano de 1891, data em que surgiu a primeira Constituição da República. Desde então, a pena de morte mantém-se somente para os crimes cometidos por militares, em tempos de guerra. (mais…)

Até quando se pode denunciar um estupro sofrido na infância ou adolescência?

Até quando se pode denunciar um estupro sofrido na infância ou adolescência? - direito, destaque, artigosNa foto: Odemar Lúcio | Crédito: Arquivo Pessoal

Por Odemar Lúcio

Sofrer com abusos sexuais em qualquer momento da vida é de fato uma experiência traumática, principalmente na infância ou adolescência, pois, nessa idade a vítima encontra-se emersa em um cenário ainda mais gravoso. Isso porque é comum que a criança ou o adolescente não procure por ajuda, seja pela sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento ou por medo de ameaças, vergonha, ou até pela inocência de não compreender que está sendo submetida a uma situação de violência. Soma-se a isso o fato de que em um número considerável de ocorrências observa-se que a vítima não é levada a sério por parentes e pessoas próximas, sendo por muitas vezes submetida a olhares de desconfiança e julgamentos, por tudo isso é percebido um total de casos que ficam no anonimato e na impunidade.

A pergunta que não quer calar é: Até quando se pode denunciar um estupro sofrido na infância ou adolescência? (mais…)

Filósofo dá 10 dicas para combater a solidão

Filósofo dá 10 dicas para combater a solidão - noticias, artigosImage by Anemone123 from Pixabay

Os mais recentes estudos na área da antropologia apontam que apesar das redes sociais e todas as possibilidades com a globalização de estar em maior contato com as pessoas, nunca estivemos tão sozinhos.

Especialistas apontam que uma das possíveis várias razões para isso é o medo latente do desconhecido que é inescapável às pessoas que vivem em grandes cidades. Logo, quanto mais violento é o centro urbano em que essas pessoas vivem, mas distante costuma ser o tratamento com as pessoas estranhas ao seu ciclo, onde a a impessoalidade faz deste um lugar em que se vive, apenas. Por isso, a solidão já é considerada um dos grandes males do século 21 e especialmente das grandes cidades.

O filósofo e escritor Fabiano de Abreu concorda com os mais recentes estudos e acredita que sim, é possível combater a solidão através da adoção de algumas medidas. As teorias de Fabiano foram publicadas no portal Impala, um dos maiores veículos de comunicação de Portugal, onde ele elencou 10 pontos que podem ajudar a lidar com a solidão. Confira: (mais…)

ARTIGO: COMO DENUNCIAR O CRIME DE AMEAÇA?

Por Dr. Couto de Novaes

“Se fulano me denunciar, tua vida será curta!”. Eis um típico exemplo de ocorrência do crime de ameaça. O Código Penal, em seu artigo 147, estabelece que há crime de ameaça quando um sujeito, por meio de palavras, gestos ou outros meios simbólicos, desejando intimidar, promete que fará mal injusto e grave a outra pessoa. A punição para tal delito é de 1 a 6 meses de detenção.

O objetivo do autor da ameaça é incutir medo no outro. Por meio da intimidação, o criminoso busca atingir a paz de espírito, a tranquilidade, o sentimento de segurança da pessoa, lhe prometendo trazer mal injusto e grave, que poderá recair seja contra a própria vítima, seja contra seus entes queridos ou até mesmo sobre o seu patrimônio.

Desse modo, o mal injusto prometido pode ser físico (ameaça matar, estuprar, lesionar) moral (divulgar algum segredo íntimo), ou patrimonial (destruir um automóvel). Alerta-se, todavia, que, para que se tenha esse delito como praticado, não é necessário que o criminoso cumpra a ameaça, pois basta a demonstração de que tal agressor agiu intencionalmente visando atemorizar a vítima. (mais…)