Às vezes chegamos a um estado de esgotamento físico, emocional e psicológico em relacionamentos ou relativo a uma outra pessoa, seja na esfera pessoal ou profissional. E isto pode ser devido a múltiplos motivos e encontrar pelo caminho tantos outros catalisadores.
Segundo o neurofilósofo Fabiano de Abreu, que é um estudioso da mente humana, a desistência do outro se dá pela falta de perspectiva daquele que é o alvo das suas expectativas: quando não há mais meios ou mais solução, quando acredita-se que não tem mais jeito, desistimos. É cansar-se mentalmente, é o esvaziamento das forças, o desaparecimento da vontade. Onde a preguiça se instala não pela falta de investimento afetivo ou irresponsabilidade na dinâmica da relação, mas pela desistência das ações que tinham por objetivo inicial a reciprocidade, quando não há o retorno esperado, uma sensação de cansaço, de desesperança, toma conta de nós, até chegar a desistência.”
Ponto de retorno
Abreu ressalta que somos movidos pela esperança e para alcançar nossas metas, fazemos diversas tentativas. No entanto, quando são constantes as frustrações e rejeições, desistimos: “Quando chegamos a este estágio, é um ponto sem retorno. Como uma energia que se esgota e não pode ser recarregada. O cansaço cognitivo vem da constatação de que não há mais solução. É um sentimento praticamente irreversível e por mais que a outra parte demonstre o interesse de mudança, já não há credibilidade nem motivação. Até quando há essa motivação, sempre existirá o receio, a sensação ansiosa e negativa de voltar a ser como era, tudo outra vez.” (mais…)