Após 20 anos fora do Afeganistão, líder político do Talibã volta do exílio

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Após 20 anos fora do Afeganistão, o cofundador e número dois do Talibã, o mulá Abdul Ghani Baradar, está de volta ao país, anunciou o grupo nesta terça-feira, dia 17. Cotado como próximo presidente afegão, depois que o grupo fundamentalista retomou o poder, ele chefia o birô político do Talibã e fazia parte da equipe de negociação que o grupo mantinha em Doha, no Qatar.

“Uma delegação de alto nível chefiada pelo mulá Baradar deixou o Qatar e chegou ao nosso amado país esta tarde, pousando no aeroporto de Kandahar”, disse Mohamad Naeem, porta-voz do braço político do grupo no Twitter.

Depois de conquistar de maneira rápida e sem oposição a capital afegã, e assumir de fato o comando do país, o Talibã dá os primeiros passos para formar um novo governo. Nesta terça, em sua primeira entrevista a jornalistas, outro porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid, disse que apenas depois deste passo será decidido que leis serão adotadas pelo novo regime.

Metro1

Malala Yousafzai pede que líderes mundiais adotem ação no Afeganistão

Foto: Rovena Rosa/ Ag. Brasil

Malala Yousafzai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, disse estar profundamente preocupada com a situação do Afeganistão, em particular com a segurança de mulheres e meninas, e fez um apelo para que líderes mundiais adotem uma ação urgente. Yousafzai disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, “tem muito a fazer” e que precisa “dar um passo ousado” para proteger o povo afegão, acrescentando que está tentando contatar vários líderes globais.

Malala, de 23 anos, sobreviveu a um tiro na cabeça disparado por um atirador paquistanês do Talibã em 2012 depois de se tornar visada por sua campanha contra os esforços do grupo para negar educação às mulheres. Ela se tornou conhecida como uma menina de 11 anos que escrevia um blog sob um pseudônimo para a BBC no qual relatava como era viver sob o jugo do Talibã paquistanês.

Malala disse que enviou uma carta ao primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, pedindo que ele acolha refugiados afegãos e faça com que todas as crianças refugiadas “tenham acesso à educação, tenham acesso a segurança e proteção, que seus futuros não sejam perdidos”.

Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: Agência Brasil

Nova Zelândia entra em lockdown após 1 caso de Covid-19

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A Nova Zelândia vai entrar em um lockdown nacional de três dias por causa da descoberta de um caso do coronavírus Sars-CoV-2 em Auckland, cidade mais populosa do país, nesta terça-feira, dia 17. Esse é o primeiro relato de transmissão interna do vírus no arquipélago desde 28 de fevereiro, ou seja, em quase seis meses. O infectado é um homem de 58 anos.

“Já vimos em outros lugares o que pode acontecer se não controlamos a situação”, afirmou a primeira-ministra Jacinda Ardern em um pronunciamento à nação. A suspeita do governo neozelandês é de que o caso descoberto em Auckland esteja ligado à variante Delta, que já tem provocado um surto de contágios na vizinha Austrália.

“É melhor sermos cautelosos e depois sair quando estivermos confortáveis do que começar devagar e depois ficar nessa fase [do lockdown] por muito, muito mais tempo”, acrescentou Ardern. O isolamento começa já na noite desta terça-feira, mas em Auckland e na vizinha Coromandel vai durar pelo menos uma semana.

Bahia.Ba

Talibã proíbe vacinação contra Covid-19 em parte do Afeganistão

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O Talibã proibiu a vacinação contra Covid-19 em Paktia, uma das 34 províncias localizadas no leste do Afeganistão, segundo informações da agência afegã de notícias Shamshad News.

Segundo Walayat Khan Ahmadzai, diretor provincial de saúde pública, o Talibã ordenou a suspensão da distribuição de vacinas e há três dias a enfermaria do hospital regional dedicada à vacinação contra a doença está fechada. Com a tomada de Cabul, capital do país, o temor é que essa suspensão se estenda para todo o país. Historicamente, o grupo fundamentalista sempre se posicionou contra vacinas.

Surpreendentemente, durante a pandemia de coronavírus o grupo adotou uma abordagem diferente ao ajudar os esforços nacionais e internacionais para controlar a propagação do vírus nas áreas do país que já estavam sob seu controle.

Bahia.Ba

Não há registro de brasileiros no Afeganistão, diz Itamaraty

Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota oficial, na noite desta segunda-feira, dia 16, em que informa não haver registro de cidadãos brasileiros residindo ou em trânsito no Afeganistão. O país do Oriente Médio vive um momento de caos completo com a tomada do poder pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã, pouco mais de um mês após o início da retirada das forças militares dos Estados Unidos, que ocuparam o país em uma guerra que durou 20 anos.

Como não há embaixada do Brasil no país, o apoio diplomático a brasileiros que porventura estejam em solo afegão está sendo feito pela Embaixada do Paquistão, país vizinho. Na nota, o governo brasileiro expressa “profunda preocupação com a deterioração da situação no Afeganistão e as graves violações dos direitos humanos”. O Itamaraty também pediu “rápido engajamento” da Organização das Nações Unidas (ONU) para estabelecer canais de diálogo e disse esperar que o Conselho de Segurança da ONU possa atuar para assegurar a paz na região.

Mais cedo, em pronunciamento, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu a decisão de retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão. A saída dos militares dos EUA precipitou a tomada de poder pelos talibãs. Milhares de civis desesperados para fugir do Afeganistão lotaram a única pista do aeroporto de Cabul nesta segunda-feira, depois que o talibã tomou a capital Cabul, o que levou os Estados Unidos a suspenderem os voos de retiradas de funcionários da diplomacia e militares.

Agência Brasil

Após Talibã tomar o poder no Afeganistão, população tenta desesperadamente fugir do país

Após a confirmação da tomada de poder pelo grupo radical islâmico Talibã no Afeganistão, milhares de pessoas começaram a tentar fugir do país desesperadamente. Imagens chocantes mostram rodovias lotadas em direção da fronteira com o Paquistão, além de pessoas se amontoando no aeroporto de Cabul para deixar o país.

Devido ao caos no aeroporto, todos os voos foram cancelados. Nesse momento, tropas dos Estados Unidos tentam estabelecer a ordem no local para a retirada de diplomatas e militares estadunidenses, além de diplomatas europeus. O clima é de grande incerteza no país e cinco pessoas já morreram no aeroporto, mas ainda não foi divulgada a causa.

O grupo extremista, por outro lado, tenta acalmar a população e diz que a tomada de poder aconteceu de forma pacífica. A população teme o governo do Talibã, que retoma o poder após 20 anos. Na década de 1990, enquanto lideravam o país, a repressão era bastante forte e mulheres eram proibidas de irem as escolas, além de ser proibido ouvir música no país.

Bahia.Ba