O Banco Mundial suspendeu a ajuda financeira ao Afeganistão enquanto avalia o processo de transição de liderança no país. A instituição diz que está preocupada, especialmente, com o impacto do novo governo sobre as mulheres. Para este ano, o Banco Mundial tinha previsto 680 milhões de euros de ajuda, mas que por enquanto estão congelados. Desde 2002, o Banco Mundial garantiu mais de 4 bilhões de euros para projetos de desenvolvimento no Afeganistão. Arrecadou cerca de 11 milhões para o Fundo Fiduciário de Reconstrução do país, que administra.
Na previsão para 2021, estão 680 milhões de euros de reembolsos. Segundo o porta-voz da organização financeira, enquanto não forem claros os planos dos talibãs para governar o Afeganistão, o Banco Mundial suspende os pagamentos. “Suspendemos os reembolsos em nossas operações no país e estamos monitorando de perto a situação de acordo com nossas políticas e procedimentos internos”, anunciou um porta-voz do banco. O banco, além de ter os olhos postos na transição governamental, mantém contato constante com a comunidade internacional.
“Continuaremos a consultar de perto a comunidade internacional e os parceiros de desenvolvimento. Junto com nossos parceiros, estamos buscando maneiras de permanecermos engajados para preservar os ganhos de desenvolvimento conquistados nos últimos 20 anos e continuar a apoiar o povo do Afeganistão.” A preocupação maior é com o impacto que a política talibã terá no “desenvolvimento do país, especialmente para as mulheres”.
Agência Brasil