ARTIGO – Depois do parto é necessário que a mulher mantenha o acompanhamento médico

ARTIGO - Depois do parto é necessário que a mulher mantenha o acompanhamento médico - saude, artigosImagem Ilustrativa de Harald Landsrath do Pixabay

Depois do parto, é necessário que a mulher mantenha o acompanhamento médico para a avaliação da sua recuperação e a orientação sobre os cuidados com o bebê. De acordo com as autoridades de saúde, a primeira consulta deve ser realizada entre sete e dez dias após o nascimento da criança. O período pós-parto, chamado de puerpério, é um momento singular, em que a saúde física e emocional da mãe também merecem atenção. A obstetrícia é a especialidade médica responsável por cuidar da saúde da mulher durante a gestação, o parto e o puerpério.

Segundo o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), o puerpério dura cerca de seis semanas, sendo caracterizado por um período de alterações no corpo e na mente da mulher, que passa a lidar com questões da maternidade, da autoestima, da sexualidade e da reorganização da vida familiar e profissional. Por isso, o acompanhamento médico nessa fase não é direcionado de forma exclusiva ao recém-nascido, sendo realizada uma abordagem sobre a recuperação do parto e a saúde da mãe.

Aspectos físicos e emocionais

É durante essa rotina que o médico ginecologista e obstetra pode identificar e tratar problemas de saúde da mulher, como anemia, infecção urinária, trombose e alterações na tireóide. O IFF/Fiocruz ressalta, ainda, que a consulta puerperal é a oportunidade para avaliar doenças de base, como as cardiovasculares e a diabetes.

Os aspectos emocionais também são analisados e, dependendo do quadro apresentado pela paciente, o médico pode encaminhar para o atendimento psicológico. Isso é importante para o tratamento dos casos de ansiedade e depressão pós-parto. Estudo realizado pela Fiocruz aponta que uma em quatro mulheres brasileiras são diagnosticadas com depressão pós-parto. O problema tem cura e, para isso, é necessário realizar o tratamento adequado.

Amamentação e cuidados com o bebê

O estado de saúde do recém-nascido, as orientações sobre aleitamento materno e a evolução da interação entre o bebê e a mãe são outros pontos fundamentais nas visitas ao obstetra. De acordo com o Ministério da Saúde, a consulta puerperal deve ocorrer até o 42º dia após o parto.

A amamentação é um assunto relevante, pois fortalece a saúde de ambos. Segundo o Ministério da Saúde, amamentar reduz em até 13% a mortalidade dos bebês por causas evitáveis e diminui em 6% a probabilidade do desenvolvimento do câncer de mama na mulher. Mas o processo não é tão simples e, por isso, requer atenção especial durante o puerpério.

Luto materno e parto prematuro

O IFF/Fiocruz alerta que as mulheres que passaram pelo aborto também devem realizar o acompanhamento com o médico obstetra. Além da questão emocional que envolve o luto materno, é necessária uma avaliação da saúde física. Outra orientação é com relação às mães que passaram pelo parto prematuro. As consultas devem dar continuidade à investigação ou ao tratamento das causas que motivaram a antecipação do parto.

Matéria: Suellen Martins/ Experta Media

Infectologistas Matheus Todt e Monique Lírio falam sobre vacinação de adolescentes sem comorbidades

Infectologistas Matheus Todt e Monique Lírio falam sobre vacinação de adolescentes sem comorbidades - saude, artigosImagem Ilustrativa de Angelo Esslinger do Pixabay

Nos últimos dias, a suspensão da vacinação contra Covid-19 entre os adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades e dúvidas sobre esse tema deixaram pais com muitas inquietações sobre o assunto. Infectologistas pontuam que a vacinação entre os jovens é importante e o processo está sendo feito de forma segura, avaliando os casos de reações – que se mostram muito raros.

A infectologista que atua na S.O.S. Vida em Salvador, Monique Lírio, destaca que, primeiramente, por mais que seja verdadeiro que os adolescentes e crianças com Covid-19 evoluam muito melhor que os idosos e costumem se recuperem, há casos de jovens que ficam muito doentes e acabam hospitalizados.

“Além disso, por mais que crianças e adolescentes tenham quadros menos severos, eles podem transmitir o vírus para contatos próximos. A vacinação, portanto, ajudaria a bloquear um pouco essa transmissão comunitária do coronavírus. Outro benefício da vacinação dos jovens é manter as escolas abertas. É preciso fazer de tudo para que esse ambiente seja seguro e a educação seja retomada”, opina a médica.

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ARTIGO: Inseminação artificial ou fertilização in vitro: qual o mais indicado?

ARTIGO: Inseminação artificial ou fertilização in vitro: qual o mais indicado? - saude, artigosNa foto, Dra. Adriana de Góes | Reprodução/ Vídeo

Por Dra. Adriana de Góes – médica.

Para muitos casais, ter um filho é um sonho difícil de ser alcançado. São diversos fatores que podem afetar a fertilidade feminina e masculina, como idade acima dos 35 anos, doenças que atingem o aparelho reprodutor, problemas hormonais, obesidade e tabagismo. No entanto, há uma alternativa que pode ser uma grande aliada do casal nessas horas: o tratamento de reprodução assistida, realizado a partir da inseminação artificial (IA) ou fertilização in vitro (FIV). Mas, afinal, qual é a diferença entre esses procedimentos?

Inseminação artificial

A inseminação artificial, também conhecida como inseminação intrauterina (IIU), é um tratamento considerado de baixa complexidade, que apresenta uma taxa de gravidez de aproximadamente 18% por ciclo. De acordo com a ginecologista e especialista em reprodução humana Adriana de Góes, o procedimento é recomendado nos casos de alterações espermáticas leves, onde muitos espermatozóides não conseguem alcançar os óvulos. Então, são transferidos diretamente para a cavidade uterina durante o período fértil, aumentando as chances de gravidez.

“Caso não ocorra a gravidez após três processos de tratamento de inseminação intrauterina é porque existe algum outro fator não identificado pelos exames realizados e não devemos insistir. Nesse caso, indicamos a fertilização in vitro, que aumenta as chances de gravidez para cerca de 40%  ”, afirma.

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Diabetes infantil: 6 fatos que você não sabia sobre essa doença

Diabetes infantil: 6 fatos que você não sabia sobre essa doença - saudeImage by Tesa Robbins from Pixabay

Setembro é o mês escolhido para a conscientização e combate à obesidade infantil. Entre diversos distúrbios e doenças, a diabetes se destaca entre os perigos mais alertados durante a campanha Setembro Laranja.

De acordo com dados da International Diabetes Federation (IDF), todos os anos mais de 98 mil crianças são diagnosticadas com a diabetes tipo 1 – um número cerca de 14 vezes maior quando comparado a 10 anos atrás. No ranking mundial, o Brasil fica depois somente de EUA e Índia, com mais de 95 mil casos em tratamento.

A diabetes é uma doença metabólica complexa, provocada por vários fatores e causas diferentes, que têm em comum a hiperglicemia ou excesso de glicose no sangue. De acordo com o Dr. Martim Elviro de Medeiros Junior, professor no curso de medicina da Faculdade Santa Marcelina, os riscos associados à doença são muitos, desde de complicações agudas, como a cetoacidose diabética, o coma hilerosmolar e hipoglicemia, até problemas crônicos como cegueira, amputação de membros, AVC, infarto e insuficiência renal. (mais…)

Dissecção da Aorta é uma emergência frequentemente fatal quando não identificada

Dissecção da Aorta é uma emergência frequentemente fatal quando não identificada - saudeImagem de burlesonmatthew do Pixabay

No dia 19 de setembro é comemorado o Dia Mundial de Sensibilização para a Dissecção da Aorta, mais uma data importante para lembrarmos de cuidar da saúde vascular. A Dissecção de Aorta é uma ruptura da parede interna, chamada camada íntima. Quando este rompimento ocorre, a aorta se divide em duas e o sangue pode se distribuir de forma desigual entre os órgãos. De acordo com o artigo publicado pela revista internacional BMC Public Health (2012), escrito por Augusto Hasiak Santo e colaboradores, estima-se que cerca de 14.000 pessoas morreram em decorrência da Dissecção Aórtica entre os anos de 1985 a 2009, só no estado de São Paulo.

A diretora de Traumas Vasculares da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dra. Grace Mulatti, afirma que é possível que a real incidência no Brasil, assim como em outros países, seja subestimada. ”Acredito que uma das principais dificuldades relacionadas à Dissecção de Aorta seja o seu diagnóstico, cujo principal diferencial é o infarto agudo do miocárdio”, relata.

Ela explica que o sintoma mais comum na fase aguda é uma dor torácica de forte intensidade, e que alguns pacientes relatam ter a nítida sensação de algo se partindo ou se rasgando dentro de si. Outras dores torácicas de menor gravidade também podem ser consideradas, como dores musculares ou crises dispépticas (de gastrite). A dor também pode ser relatada no pescoço, costas ou abdômen. Ainda, segundo a Dra. Mulatti, a diferenciação é feita pela história clínica do paciente, e alguns exames podem ser auxiliares para detectar essa ruptura, como um ecocardiograma ou um ultrassom abdominal. Porém, o diagnóstico definitivo, contudo, só é obtido por meio de um exame de Angiotomografia Computadorizada. (mais…)

Apneia do sono pode impactar na economia

Apneia do sono pode impactar na economia - saudeImagem de raulrodriguez_861 do Pixabay

Um estudo realizado pelo RAND Corporation (instituto norte-americano de pesquisa) aponta que a insônia e dormir pouco podem colaborar tanto para o desenvolvimento de várias doenças, bem como afetar a disponibilidade de profissionais.1

O mesmo estudo, que analisou o comportamento nos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Japão e Canadá, mostra que os distúrbios do sono podem gerar prejuízos não só para as empresas, mas também impactos econômicos em países inteiros 1, o que indica que outras grandes economias podem experimentar consequências semelhantes.

Por exemplo, 16% dos japoneses afirmaram que dormem menos de seis horas por dia e 40% dormem entre seis e sete horas. Em seguida, vêm os EUA, com 18% e 27%, respectivamente, o Reino Unido, com 16% e 19%, a Alemanha, com 9% e 21% e o Canadá, com 6% e 20%.1 (mais…)