Secretário de Vigilância do Ministério da Saúde Wanderson de Oliveira anuncia demissão

Secretário de Vigilância do Ministério da Saúde Wanderson de Oliveira anuncia demissão - brasilFoto: Anderson Riedel/ PR

O secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, anunciou que vai deixar o cargo nesta segunda-feira, dia 25. Enfermeiro especialista em epidemiologia, ele chegou a pedir demissão mais de um mês atrás, no dia 15 de abril, mas o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o convenceu a ficar.

Na ocasião, Mandetta disse que não aceitava sua saída, pois estavam ali juntos e deveriam sair todos juntos da pasta. Mas pouco depois, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu o ministro por falta de alinhamento na condução das medidas de combate à pandemia do novo coronavírus. Mandetta defende o isolamento social como medida mais eficaz para conter a disseminação do vírus e não aceitou alterar o protocolo de uso da cloroquina para pacientes contaminados.

Ainda assim, quando deixou o cargo, o ex-ministro disse que seus auxiliares deveriam permanecer ao menos pelo período de transição para o mandato do sucessor, o médico Nelson Teich. No entanto, ele também deixou o Ministério no último dia 15 por conta da cloroquina. Com isso Oliveira está de saída da pasta. (mais…)

Brasil confirma em 24 horas 965 mortes pela Covid-19; óbitos chegam a 22.013

O Brasil registrou neste sábado, dia 23, 965 novas mortes por covid-19 em 24 horas, totalizando 22.013. A letalidade (número de mortes pela quantidade de casos confirmados) da doença no país está em 6,3%.

O Brasil teve 16.508 novos casos confirmados e chegou ao total de 347.398. Do total de casos confirmados, 182.798 estão em acompanhamento (52,6%) e 142.587 estão recuperados (41,0%). Há ainda 3.534 mortes em investigação.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de mortes (6.045). No estado, há 80.558 casos confirmados. O estado é seguido pelo Ceará (2.308 mortes e 35.122 casos), Rio de Janeiro (3.905 mortes e 34.533 casos), Amazonas (1.744 mortes e 28.802 casos), Pernambuco (2.144 mortes e 26.786 casos) e Pará (2.001 mortes e 22.697 casos).

Agência Brasil

ARMAS NÃO SÃO RESPOSTAS PARA NECESSIDADES URGENTES DURANTE PANDEMIA”, AFIRMA ANISTIA INTERNACIONAL

ARMAS NÃO SÃO RESPOSTAS PARA NECESSIDADES URGENTES DURANTE PANDEMIA", AFIRMA ANISTIA INTERNACIONAL - brasilImagem Ilustrativa de Daniel S. por Pixabay

A Anistia Internacional repudia a ameaça de armar a população, proferida pelo Presidente da República Jair Bolsonaro durante reunião ministerial de 22 de abril de 2020, cuja gravação é utilizada como prova no processo que investiga uma suposta interferência indevida do chefe do executivo na Polícia Federal. Os vídeos tiveram o sigilo suspenso pelo Ministro Celso de Mello nesta sexta-feira, 22 de maio, tornando-se públicos. Muitos discursos realizados durante a reunião aumentam o temor dos defensores dos direitos humanos no Brasil, que veem ameaçadas conquistas importantes no direito à vida, à integridade física e à segurança.

O Presidente Jair Bolsonaro disse: “Eu quero dar um puta de um recado pra esses bosta! Por que que eu tô armando o povo? Porque eu não quero uma ditadura! E não dá pra segurar mais!” e finaliza: “Eu quero todo mundo armado!”.

“As declarações do Presidente da República são graves e não contribuem para o momento crítico de crise da COVID19 que todo o mundo está passando. Esperamos uma liderança responsável por parte do poder executivo que dê respostas concretas e inclusivas para que a nenhum brasileiro e brasileira seja negado o seu direito à vida e à saúde. Armas não salvam vidas e não são as repostas para necessidades urgentes que precisam ser tomadas neste momento de pandemia”, afirma Jurema Werneck, diretora Executiva da Anistia Internacional Brasil.

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Covid: Autores de estudo que recomendava hidroxicloroquina retiram trabalho do ar

Covid: Autores de estudo que recomendava hidroxicloroquina retiram trabalho do ar - brasilImagem de Pete Linforth por Pixabay

Pesquisadores franceses, autores de um estudo pioneiro que recomendava o uso da hidroxicloroquina e azitromicina no tratamento da Covid-19, retiraram do ar o trabalho sobre as duas substâncias. De acordo com o portal Bem Estar, da Globo, a equipe responsável pediu, inclusive, que a pesquisa não seja mais referência em outros estudos, sejam eles clínicos ou acadêmicos.

Foi a partir deste estudo, primeiro a encontrar uma suposta substância eficaz contra o novo coronavírus, que o presidente americano Donald Trump passou a defender o uso da hidroxicloroquina. A atitude do político foi reproduzida, posteriormente, pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

Alvo de críticas pela análise superficial e metodologia baseada em apenas 30 pacientes, o estudo foi superado por uma pesquisa mais aprofundada divulgada pela revista The Lancet, na sexta-feira (22). Segundo o periódico especializado em assuntos médicos, a nova pesquisa não encontrou relação no uso da cloroquina e melhora dos pacientes diagnosticados com a Covid-19. (mais…)