Tempo de trabalho rural infantil poderá ser computado para aposentadoria

Foto: Carol Garcia/ SECOM-BA

O tempo de trabalho rural infantil poderá ser computado para efeitos previdenciários. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a ilegalidade do trabalho infantil, mas entendeu que não somar este tempo de serviço seria punir o trabalhador duas vezes.

A decisão se deu em um caso julgado no início do mês, no qual um homem que começou a trabalhar aos 11 anos de idade com a família pediu para que o período até completar os 14 anos fosse computado como tempo de serviço, ao solicitar a aposentadoria na Previdência Social.

Em instâncias inferiores, foram levados em consideração apenas o período a partir dos 14 anos, por ser permitido por lei. No STJ, entretanto, a Primeira Turma entendeu que não existe idade mínima para computar o tempo de serviço, mesmo que o trabalho seja ilegal. (mais…)

Coronavírus: Ministério da Saúde faz parcerias para produção e distribuição de vacina

Imagem ilustrativa | Foto: Sumaia Villela/ Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou na manhã deste sábado, dia 27, uma importante parceria com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca para a transferência da tecnologia mais promissora, até o momento, de combate ao novo Coronavírus.

O investimento anunciado pelo Governo Federal prevê a adequação do parque produtivo de Bio-Manguinhos bem como a importação, produção e distribuição, via SUS, de um total já previsto de até 100 milhões de doses da vacina ChAdOx1 nCoV-19, liderada globalmente pela Universidade de Oxford.

No Brasil, o estudo clínico liderado globalmente pela Universidade de Oxford, contou com a articulação da Professora Doutora Sue Ann Costa Clemens, pesquisadora brasileira especialista em doenças infecciosas e prevenção por vacinas e investigadora do estudo. (mais…)

Fiocruz capacita profissionais com curso gratuito sobre o novo coronavírus

Arte: Divulgação

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está com as inscrições abertas para o curso “Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus”. A capacitação vai acontecer na modalidade a distância, o curso, que já conta com mais de 40 mil inscritos, é gratuito e aberto a todos os profissionais envolvidos na linha de frente do atendimento da Covid-19.

A Fiocruz indica que em um cenário com mudanças frequentes no conhecimento sobre o novo coronavírus, a capacitação é uma ferramenta importante na formação dos trabalhadores para a sua prática nos serviços de saúde. Os interessados podem realizar as inscrições através do site campusvirtual.fiocruz.br

Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Fonte: Agência Brasil | Redação: Bahia Noticias

Setor de resíduos sólidos pede que Governo Federal vete artigo do novo Marco do Saneamento

Image by RitaE from Pixabay

Entidades do setor de resíduos sólidos vão recorrer ao Governo Federal pedindo o veto do artigo 20 do novo Marco do Saneamento, aprovado no Senado na quarta-feira, 24/06. O dispositivo afasta investimentos privados e pode inviabilizar a universalização dos serviços de coleta, tratamento e destinação final do lixo no Brasil, que ainda tem mais de 3 mil lixões. Isso porque permite que as prefeituras contratem serviços de limpeza e gestão de lixo sem licitação, por meio de contratos de programas com companhias estatais.

Para o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), a permissão vai contra a razão de ser da nova legislação, que, inclusive, eliminou esse modelo para água e esgoto por ser ineficiente e inviabilizar a entrada de empresas privadas e, principalmente, a livre concorrência.

“Sem o veto, corre-se o risco de se perpetuar, agora no setor de coleta e tratamento de resíduos, o mesmo modelo de prestação ineficiente que estagnou os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Brasil nos últimos anos. Será impossível que o país cumpra o compromisso internacional assumido junto à ONU de acabar com os mais de 3 mil lixões a céu aberto e com as recorrentes tragédias causadas pelo descarte irregular de resíduos, como disseminação de doenças, enchentes e deslizamentos”, afirma Márcio Matheus, presidente do Selurb. (mais…)

Exército tem estoque de cloroquina para 18 anos

Foto: Marcelo Casal/ Agencia Brasil

O Ministério da Defesa confirmou a existência de 1,8 milhão de comprimidos de cloroquina em estoque no Laboratório do Exército. O índice representa cerca de 18 vezes a produção anual do medicamento nos anos anteriores. Normalmente, a cloroquina é usada para combater a malária. Em meio à pandemia de coronavírus, o medicamento chegou a ser avaliado como possível substância eficaz no tratamento da Covid-19. No entanto, a eficácia não foi comprovada por estudos médicos.

Além dessa quantia do medicamento em estoque, há um milhão de comprimidos que já foram direcionados ao Ministério da Saúde. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que não há previsão produzir mais desse remédio. “O laboratório químico produz cloroquina não por causa da Covid-19. Tem uma produção por causa da malária há muito tempo”, afirmou Azevedo e Silva. Nesta semana, o Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu uma investigação do gasto de R$ 1,5 milhão pelo Ministério da Defesa para ampliar a produção do medicamento.

De acordo com o subprocurador-geral, Lucas Furtado, é necessário apurar a responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro na determinação de que se aumentasse a produção do medicamento, sem que houvesse evidências científicas comprovando sua eficácia no tratamento da Covid-19. A defesa do uso da medicação para pacientes com coronavírus foi criticada por cientistas do Brasil e do mundo. A Organização Mundial de Saúde preconiza o uso do remédio nesses casos apenas em estudos.

Metro1

Nenhum estado do Brasil apresenta redução da transmissão de covid-19, diz Fiocruz

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) apontou nesta sexta-feira, dia 26, que nenhum estado apresenta, até agora, sinais de redução da transmissão de covid-19. Os número relacionados aos casos confirmados e mortes permanecem altos em todo o país, o que, de acordo com cientistas, pode configurar um platô (patamar alto de transmissão que “pode se prolongar indefinidamente”).

Os pesquisadores apontam ainda para o risco de flexibilizar o isolamento social nas grandes metrópoles. A análise mostra que a epidemia de coronavírus cresce nos municípios mais dependentes do sistema de saúde das grandes cidades, que correm o risco de ficarem novamente saturados por pacientes de localidades menores.

“O que acontece na região metropolitana se repete no interior com duas ou três semanas de atraso. Por isso é importante manter as medidas de isolamento, mesmo depois de passado o ‘pico’ nas capitais”, explica o epidemiologista Diego Xavier, em comunicado divulgado pela Fiocruz. (mais…)