Em uma sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na quarta-feira (18), o deputado Wellington Moura (Republicanos) disse para Mônica Seixas (PSOL) que iria colocar um “cabresto em sua boca”. O equipamento costuma ser usado na boca de cavalos. “Vou colocar um cabresto na sua boca”, disse Moura. Ela retrucou :”Você não vai calar minha boca”, e ele respondeu: “Vou sim”.
Após isso, a deputada entrou com um pedido no Conselho de Ética da Alesp pedindo a perda de mandato de Moura. “Houve ofensa à dignidade e decoro da Deputada Monica Seixas em sua forma mais vil e cruel que é utilizando uma ferramenta que pessoas negras escravizadas eram submetidas para que se calassem e servissem ao escravocrata”, diz o pedido. A deputada também pediu a cassação de Gilmaci Santos (Republicanos), que no dia anterior, terça-feira (17), a chamou de “louca”.
Em nota, o deputado que usou a expressão cabresto, tentou se justificar pelo uso do termo. “Quando me referi a deputada Mônica Seixas, me utilizei da palavra cabresto no contexto de dizer: algo que controla, contendo então as palavras dela na qual se utilizava para se manifestar ao deputado Douglas Garcia em um momento em que ela não poderia se manifestar (por questões regimentais)”.
Editado pelo Tribuna do Recôncavo | Informações: G1