Foi sepultado em Santo Antônio de Jesus na tarde deste sábado (01/08), o corpo de José dos Santos de Jesus (Janinho), 39 anos de idade, vítima de assalto seguido de morte em Salvador na sexta-feira (31/07). Casado, pai de 6 filhos (4 biológicos e 2 adotivos), Janinho era proprietário de uma fábrica de vassouras localizada no Bairro do Amparo em Santo Antônio de Jesus (BA).
Em entrevista concedida ao repórter Hélio Alves, a viúva Elizane Maria, que estava com a vítima durante o assalto, contou que seu esposo estava no caminhão descansando, enquanto ela estava dentro da loja aguardando o pagamento da mercadoria vendida.

“Os assaltantes chegaram e nos prenderam no escritório, eu e mais cinco pessoas que estavam dentro da loja. Eles queriam que eu desse o malote com dinheiro, mas eu disse que não tinha”. O assalto aconteceu no Deposito de Vassouras Pantanal localizado na comunidade do Bronco-IAPI.
Os dois assaltantes roubaram celulares e uma quantia de R$80 reais das vítimas, em seguida trancaram a senhora Elizane com os funcionários no escritório e desceram pra rua, no caminhão, os elementos tentaram roubar uma bolsa. Segundo Elizane, seu esposo estava dormindo e quando acordou viu os assaltantes puxando sua bolsa que tinha ficado no caminhão. “Aí ele entrou em luta, ele pensou que era somente um trombadinha, que não estaria armado”.
Ainda de acordo com Dona Elizane, seu esposo Janinho, não foi assassinado dentro do caminhão, o crime ocorreu na rua. “Eu ouvir o barulho da porta abri e fechar, ele caiu a 20 metros do carro. Foi durante a luta que ele foi atingido, mas já estava fora do caminhão”.
Atingido por um tiro tórax, a vítima morreu no local do crime. “Eu mesma socorri ele para o Hospital, mas já estava sem vida porque ele morreu por sufocamento, os órgãos dele foram perfurados”, contou a viúva.
O titular da 2ª Delegacia da Lapinha, Dr. Luiz Henrique, que está investigando o crime, falou para a entrevistada que os ladrões são de Salvador e já está fazendo batidas para identificar e prender os suspeitos. “O delegado me deu o número dele para que eu possa acompanhar e disse que isso não ia ficar assim, que ele ia conseguir”.
Dona Elizane concluiu falando sobre a insegurança no país. “Os pais de família têm que ficar tudo preso, e os ladrões ficam soltos, porque não existe o pai de família sair pra trabalhar e a mulher ter que trazer na sepultura, isso não existe”, concluiu chorando. (Hélio Alves/Tribuna do Recôncavo)
O Portal Tribuna do Recôncavo é solidário a família nesse momento de dor. *Em breve uma nova reportagem com amigos e familiares da vítima.
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